O Som do meu coração!

Olá!

Existem coisas na vida que valem a pena, ver o sorriso nos olhos das pessoas é uma delas, um abraço apertado de alguém que consideramos, um beijo demorado da pessoa que amamos, o bom dia das crianças em casa, um telefonema inesperado  de alguém que a muito não vemos, tudo é uma dádiva Divina para mim.

A vida é pautada por altos e baixos, momentos alegres e outros não, somos cercados de informação ininterruptamente, às vezes o destino muda abruptamente, mas aquilo que conquistamos fica para sempre guardado num baú que muitos, inclusive eu,chamam de alma.

As pessoas hoje em dia possuem uma dificuldade em manifestar o que sentem, na verdade, parece-me muitas vezes que o ser humano só é capaz de se manifestar quando tem interesse em algo ou alguém, invariavelmente a maioria age de forma calculada e metódica, acredito que isso tem raízes na educação que recebemos nos dias atuais, quando digo educação não estou falando somente em sala de aula, mas também no nosso dia-a-dia, jornais, revistas, musicas, comerciais, internet, ou seja todos os campos onde o ser humano compartilha o conhecimento.

Como a vida está cada vez mais acelerada, os compromissos cada vez mais, se tornam nosso grilhões, como bolas de ferro algemadas em nossos calcanhares, não nos permitindo sorrir, dançar, festejar, celebrar a vida, as amizades, a família e muito do que nos causa prazer gratuito e sem formalidades. Tomar banho de cachoeira, soltar pipa, desejar um bom dia a um desconhecido, são coisa simples, mas não nos permitimos fazê-lo, talvez por termos compromissos mais urgentes ou importantes. Temos medo de nos afeiçoar a uma pessoa, nos distanciamos do compartilhar, nossa vida se tornou fria, distante, corrida, isso é um grande problema.

Não sou psicólogo, nem assistente social, na verdade a maior parte da minha formação veio das ruas, da vida, do trabalho, de relações pessoais que me auxiliaram a encontrar um pouco de equilíbrio, uma fé inabalável em Deus (às vezes eu tenho uma briga com Ele, mas Ele sempre ganha, hehehe), conheci muitos lugares, cidades, estados, famílias, pessoas, vida, de uma forma fluida, permeada de frustrações e realizações pessoais, amei muitas vezes, odiei algumas vezes, perdoei todas e pedi perdão quando foi necessário, essas atitudes me tornam mais humano, tenho defeitos e qualidades, mas o mais importante tenho alegria em viver.

Gosto muito de ouvir histórias, descobrir novas visões da vida vê-la pelos olhos de quem me conta sua aventura, suas derrotas e suas vitórias, acredito no bem e conheço o mal, aprendi que a raiz mal está no egoísmo e o a corrente condutora deste é o apego, ele é tão poderoso que nos faz lembrar a todo minuto de algo que nos machucou, nos prejudicou, de alguém que nos magoou, aí vem o orgulho que estanca nosso coração e não nos permite perdoar ou pior, não nos deixa reconhecer que precisamos pedir perdão. 

A irmã desses sentimentos, ao meu ver, é a vergonha, sentimos vergonha de abraçar o outro, de sorrir para quem está a nossa frente, criamos uma zona de conforto, impenetrável, e toda vez que alguém ameaça ultrapassar esse muro criado por nós, aumentamos sua altura, nos cercamos tão fortemente, que sem perceber nos isolamos da vida, nos sentimos sozinhos, mesmo cercados de pessoas. Nos sentimos envergonhados de dizer EU TE AMO aos nossos próprios filhos, e eles, quando se tornam adultos, transmitem aos nossos netos, lembre-se criança aprende através de exemplos, nossos exemplos.

Voce pode dizer:

- "Engraçado, eu conheço pessoas boníssimas que possuem filhos que se tornaram completamente avessas a isso!"

Ok, concordo, eu também conheço familias assim, mas olhando detidamente percebo que os filhos não foram realmente criados por seus pais, muitas das vezes foram pessoas estranhas ao meio, que não tinham compromisso algum com a educação daquelas crianças, não se sentiam responsáveis por isso, e assim, como tudo é voltado ao dinheiro, pouco importa o resultado final. Nada contra, mas se aquele funcionário nem possui os valores familiares o resultado sempre será um desastre.

Eu acredito, sinceramente, que devemos buscar uma maneira de encontrar o caminho para o coração das pessoas, precisamos falar através do nosso próprio coração, vamos abraçar mais, beijar mais, sentir mais, precisamos trazer alegria aos diversos ambientes que convivemos, tudo começa no nosso lar, ele precisa se tornar modelo, exemplo, na verdade cada um deve tornar-se modelo do bem, da verdade, da beleza (que não tem nada a ver com beleza física), temos que ser cordiais, bondosos, sinceros em nossos sentimentos e atitudes.

Gostaria de salientar que ser cordial, bondoso não quer dizer que devemos nos anular, se fizermos isso a conta não fecha, na prova dos nove sempre sobra o resto e nesse caso somos nós, acabamos sobrando. Não devemos, nem podemos concordar com tudo, pois como disse anteriormente nossa avaliação do que é certo ou errado tem de se basear na coletividade e nós fazemos parte dela, então se for necessário diga NÃO, pelo bem do crescimento de todos, concordar com tudo acaba por criar um ambiente viciado, uns farão mais e outros nada, e esses últimos sempre encontrarão uma maneira de culpar os outros, pois é o caminho mais fácil, é o único caminho que aprenderam, pois com nossa atitude de "Bom Samaritano", plantamos a semente da preguiça, da inveja, e isso naturalmente será cobrado de nós, pois fomos os agricultores.

Se for para plantar algo, que seja sinceridade, alegria, amor, força, dedicação, austeridade, que sejamos responsáveis pelo nosso próprio crescimento, e que através do nosso exemplo outras pessoas possam crescer, se concordarmos com algo, que seja por que realmente é bom e não por uma convenção, não porque nos sentimos obrigados a isso, pode ter certeza o resultado será tenebroso e o pior,  tudo e todos se voltarão contra a pessoa que alimentou esses egos.

Lembre-se:

TORNE-SE EXEMPLO PARA QUEM ESTÁ AO SEU REDOR, POIS TALVEZ VOCÊ SEJA A ÚNICA LUZ NO FINAL DO TÚNEL PARA ALGUÉM!"

Um grande abraço.

Titus●•ツ
 "O Som do Coração"  (๏̯͡๏) 

"Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros." Confúcio