Hoje fiquei pensando sobre todos os momentos da minha vida, tantas decisões, muitas decepções, mudanças, pessoas que chegaram, outras partiram. Conheci o mundo, as pessoas, familias, situações, mas depois de rememorar momentos de alegrias, conquistas, lutas, realizações, transformações pessoais, crescimentos, percebi que tenho tanta coisa ainda pra fazer, tantas pessoas pra conhecer, tantos amores para me apaixonar, uma incontável quantidade de "ois" outras tantas vezes de "tchaus".
A vida é muito bela, muito linda, do jeito que é, com seus altos e baixos, com seus desesperos e suas esperanças, seus fracassos e suas conquistas, sozinho ou acompanhado, deitado em minha cama ou me agitando em meio as festas, as alegrias, e até mesmo as futilidades, isso mesmo, as futilidades, quando levamos a vida muito a sério ela reage da mesma forma e o resultado é uma morte diária, aos poucos, e quando percebemos somos mortos vivos.
Esse texto não é uma apologia às diversas formas insanas de viver, muito pelo contrário, é a minha forma de dizer que a criança dentro de nós não deve morrer. Não quero ser e não sou saudosista, caminho sempre em frente.
O texto abaixo, apesar de falar tanto em morte, é um apelo à vida, como viver, como crescer, como evoluir, "quem não agradece o que tem perde até o que não tem!"
Um grande abraço.
Titus●•ツ
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".
Trilussa, grande filósofo, certa vez escreveu sobre o jumento e o porco.
Então, um dia, ambos se encontraram no matadouro.
Chegou primeiro o porco e lá ficou à espera da morte, pacientemente, até que chegou no outro dia o jumento que, ao dar de cara com o porco, começou a chorar, desanimado, mais de mil vezes apavorado, lágrimas caindo pelo chão igual chuva, tal qual ‘bezerro’ ou jumento desmamado.
Dizia o jumento:
- Adeus, meu amigo, meu irmão, não nos veremos mais, estamos no fim do caminho’.
E cada vez mais gemia e mais chorava e mais se desesperava o jumento, porque via o tal do porco totalmente calmo, tranquilo, resignado, assim meio adormecido, mas meio que ‘dopado’, meio que ‘chapado’, como diz a rapaziada da hora.
Será que o porco estava esquizofrênico?
Seria o porco um retardado mental?
Dizem que o porco é meio filósofo e o porco da história foi logo tentando acalmar aquele jumento da seguinte forma:
- Estanca esse teu pranto e deixa de tolice. Adeus? Adeus por quê? Porque morremos? Deixa que venha a morte. A morte é bela. Quem sabe ainda nos encontraremos no pedaço de alguma mortadela!
A filosofia do porco é algo assim como a verdade da nossa vida na terra.
Tem tempo certo para nascer, crescer, plantar, colher; tempo certo para planejar e mandar fazer; tempo certo para espreitar, fazer armadilhas e acionar botões; tempo de amar e desistir de fazê-lo; tempo de ter medo por ainda ser criança ou por ser covarde; tempo de construir uma casa para agasalhar os filhos e depois dividi-la em pedaços para não tê-los mais; tempo de fazer traquinagens na infância para ter do que se lembrar quando a velhice for iminente; tempo de viajar pelo mundo enquanto o bolso estiver permitindo essa delícia; tempo de dar carinho enquanto o corpo for capaz de ser despertado por desejos; tempo de não fazer nada, mas ser sozinho; tempo de buscar por remédios quando não houver mais nenhuma possibilidade de poder matar os estranhos e medonhos monstros que começam a habitar nossas cabeças; tempo de sentir orgulho, ter vaidade, expor beleza e mostrar luz, para depois cairmos no ostracismo; tempo de ser jovem, galante e bonito, para depois ser apenas um rastro composto de lembranças capengas e furtivas de uma vida que, embora comprovada, não terá crédito algum.
Contra a filosofia do porco, não adianta se rebelar.
Existe um momento na vida que todos nós vamos passar, que temos que passar.
Afinal, morrer é a coisa mais certa na vida.
Mas com certeza também no momento certo, isto é, depois que tivermos passado todos os tempos possíveis, aproveitados ou deixados para trás.
E você, tem feito o quê com o seu tempo de vida?
O que mais lhe falta viver?
Melhor aproveitar o tempo para evoluir!
Então, um dia, ambos se encontraram no matadouro.
Chegou primeiro o porco e lá ficou à espera da morte, pacientemente, até que chegou no outro dia o jumento que, ao dar de cara com o porco, começou a chorar, desanimado, mais de mil vezes apavorado, lágrimas caindo pelo chão igual chuva, tal qual ‘bezerro’ ou jumento desmamado.
Dizia o jumento:
- Adeus, meu amigo, meu irmão, não nos veremos mais, estamos no fim do caminho’.
E cada vez mais gemia e mais chorava e mais se desesperava o jumento, porque via o tal do porco totalmente calmo, tranquilo, resignado, assim meio adormecido, mas meio que ‘dopado’, meio que ‘chapado’, como diz a rapaziada da hora.
Será que o porco estava esquizofrênico?
Seria o porco um retardado mental?
Dizem que o porco é meio filósofo e o porco da história foi logo tentando acalmar aquele jumento da seguinte forma:
- Estanca esse teu pranto e deixa de tolice. Adeus? Adeus por quê? Porque morremos? Deixa que venha a morte. A morte é bela. Quem sabe ainda nos encontraremos no pedaço de alguma mortadela!
A filosofia do porco é algo assim como a verdade da nossa vida na terra.
Tem tempo certo para nascer, crescer, plantar, colher; tempo certo para planejar e mandar fazer; tempo certo para espreitar, fazer armadilhas e acionar botões; tempo de amar e desistir de fazê-lo; tempo de ter medo por ainda ser criança ou por ser covarde; tempo de construir uma casa para agasalhar os filhos e depois dividi-la em pedaços para não tê-los mais; tempo de fazer traquinagens na infância para ter do que se lembrar quando a velhice for iminente; tempo de viajar pelo mundo enquanto o bolso estiver permitindo essa delícia; tempo de dar carinho enquanto o corpo for capaz de ser despertado por desejos; tempo de não fazer nada, mas ser sozinho; tempo de buscar por remédios quando não houver mais nenhuma possibilidade de poder matar os estranhos e medonhos monstros que começam a habitar nossas cabeças; tempo de sentir orgulho, ter vaidade, expor beleza e mostrar luz, para depois cairmos no ostracismo; tempo de ser jovem, galante e bonito, para depois ser apenas um rastro composto de lembranças capengas e furtivas de uma vida que, embora comprovada, não terá crédito algum.
Contra a filosofia do porco, não adianta se rebelar.
Existe um momento na vida que todos nós vamos passar, que temos que passar.
Afinal, morrer é a coisa mais certa na vida.
Mas com certeza também no momento certo, isto é, depois que tivermos passado todos os tempos possíveis, aproveitados ou deixados para trás.
E você, tem feito o quê com o seu tempo de vida?
O que mais lhe falta viver?
Melhor aproveitar o tempo para evoluir!