quarta-feira, 20 de maio de 2020

Tempestade

Oi!
Estamos vivendo um momento único em nossas vidas, o mundo estarrecido vê seus entes queridos a terem suas vida ceifadas, por um elemento da natureza invisível aos olhos, essa "figurinha" veio pra mostrar que apesar de todo nosso avanço, somos vulneráveis, mas não estou escrevendo aqui pra falar da saúde.
Esse "marginal" vem mostrando outras situações que deveríamos ficar atentos, não que a saúde e as mortes não tenham importância, ao contrário, devem ser o foco de nossos esforços para detê-lo, mas como numa prisão na vida real, estamos polemizando situações, pensamentos e sentimentos, trouxemos esse meliante para nossas páginas de redes sociais fazendo dele o centro de um pandemônio mundial.
Pessoas se atacam, se machucam mutuamente, e com essas atitudes mostramos que não evoluímos como seres "espirituais passando por uma experiência humana", amigos se digladiam, inimigos se ferem, um verdade falsa é aceita por conveniência, por interesses próprios, são divulgadas sem qualquer cerimônia.
Mostramos nossas garras, nossos caninos (apesar de termos os perdido durante nossa evolução biológica), como se diz popularmente "vamos direto à jugular" sem dó nem piedade, pessoas se agridem mesmo sem se conhecer, e o foco principal que deveria enjaular o "meliante" fica em terceiro plano, sim terceiro, pois o segundo plano ainda é defender seu próprio ponto de vista. 
Existem pessoas sérias, comprometidas em salvar vidas, garantir direitos e alimentar que passa fome, mas existe uma horda que tenta a todo custo manipular, ditar, comandar, ter poder. 
Em meio a tudo isso há os desavisados que hora compram uma ideia hora defendem outra posição, são pessoas de pouco conhecimento mesmo tendo alto grau de instrução.
Eu vejo pessoas se compadecendo do sofrimento, das chagas, das feridas e crucificação do filho de Deus, mas no seu dia a dia fazem a mesma coisa, chicoteiam seu semelhante, colocam coroas de espinhos nas cabeças dos que estão ao seu redor, abrem chagas na sociedade para defender seu ponto de vista. Que tipo de fé é essa? 
Creio que Deus nem passa por suas cabeças, quem dirá no coração! Fé no ser humano? Não, pois se tivessem não infringiriam tanta dor ao seu próximo. Fé em si mesmos? Engano total, quando uma pessoa tem fé em si a primeira coisa que ela faz é se colocar no lugar do outro, e salvo uma pessoa demente ou "aceta", ninguém deseja se auto mutilar.
Não há fé, há um desejo imensurável de ter controle da situação, o domínio da população, o enriquecimento próprio, sua auto satisfação, o desejo de parecer importante. Há pessoas boas, desejosas do bem comum, mas temos incutido em nosso ser que o mal de destrói sozinho, de que o bem deve respeitar a opinião de todos, de que as pessoas boas possuem uma aura de proteção natural. É uma meia verdade.
Há uma frase muito profunda "O mal atua enquanto o bem não se manifesta", temos de ter cuidado com essa frase, o ser humano tem, por natureza, a capacidade interpretativa de textos, e o perigo está em como interpretamos essa frase. Muita gente perdeu a vida por defender posições complexas de enfrentamento armado. 
Na atual conjuntura há uma necessidade de filtrarmos as informações, pesquisarmos mais detidamente as notícias , não defender o indefensável, ter auto crítica é fundamental, precisamos aceitar que somos passíveis de erro, que não devemos ter vergonha de dizer "errei", e mudar os seu conceitos. E como cidadão de bem devemos dizer que o certo é "certo", que o errado é "errado".
Hoje eu consigo entender melhor o que Noé deve ter passado no momento que estava construindo a Arca, um grupo chamando-o de lunático, um grupo atacando o primeiro grupo mas não por defendê-lo e sim por serem contra o primeiro grupo, um terceiro grupo achando que tudo não passava de um engano e por isso não precisavam fazer nada, e um outro grupo vendendo quinquilharias como souvenires de um momento histórico sem qualquer relevância. E perceba, "somente os animais ouviram a voz de Deus".
Evoluímos?
Deixo a resposta para você.
Obrigado por ler até aqui, muito obrigado do fundo do meu coração. Um grande abraço.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
"O ser humano possui a vontade imprescindível de se guiar pelas aparências. Consequentemente, as pessoas criam impressões erradas sobre o próximo: acham que conhece mas na verdade não conhecem. E é por tentativa e erro que superamos essa nossa natureza."

terça-feira, 19 de maio de 2020

Titanic

Oi!
Eu assisti o filme Titanic, um clássico à época, vencedor do Oscar, uma história emocionante, com efeitos visuais hiper realistas trazendo à tona todos os acontecimentos, sofrimentos e situações humanas com uma dramatização impressionante.
Não há quem não tenha gostado do enredo, da mescla entre realismo e fantasia, para se contar a história a equipe optou por escolher "Jack" e "Rose", dois jovens de classes distintas que se apaixonaram e tentaram transpor as barreiras sociais impostas à época.
Independentemente de todos os fatos apresentados, e como disse, alguns reais e outros utilizados para temperar a trama vou me ater a esses dois personagens, mas por um ângulo, ao meu ver, diferente.
Jack, Irlandês, pobre, ganha a a passagem para a unica viagem num jogo de cartas e Rose, moça de família falida mas que precisa manter a sua posição social na classe alta , com a mão prometida para um banqueiro rico para garantir o futuro de sua mãe. Isso todos já sabem, o casal se encontra e se apaixona, o navio em si é um retrato da sociedade européia à época.
Depois de muitas situações mostradas no filme, desde a escolha da velocidade a ser utilizada até a pressão por parte dos donos da empresa White Star Line, onde a arrogância humana é mostrada em todas as suas nuances. 
Não sou critico de cinema e nem tenho a pretensão de contar toda a história do filme, então vamos avançar a "fita", e chegaremos ao momento onde Jack e Rose estão no mar, Rose em cima de uma porta de madeira e Jack na água tentando preservar a vida de sua amada, e é nesse ponto que eu me peguei na minha observação.
Quando gostamos de alguém, seja o amor idílico, amizade ou companheirismo, tomamos a decisão de aceitar a pessoa do jeito que ela é, criamos uma expectativa sobre essa pessoa, utilizando nossos valores pessoais como parâmetro para tudo que acontece. Passamos a acreditar, no início do relacionamento, que aquela pessoa tem muita coisa que nos faz admirá-la e até mesmo nos apaixonar, o tempo passa, e em se confirmando esses pontos, passamos a ficar cada vez mais próximos, a criar mais expectativas e nos relacionando cada vez mais proximamente, dependendo do relacionamento, começamos a "fazer vista grossa", sobre alguns temas, atitudes e escolhas daquela pessoa, muito por entendermos que são coisas de menor relevância, outras vezes, no ímpeto de criarmos uma imagem nossa na outra pessoa começamos a tentar corrigi-la, moldá-la em nossa forma.
As duas situações são um equívoco, sendo a última mais invasiva e passível de um erro irreparável, mas há uma terceira situação que, ao meu ver, pode ser tão ou mais prejudicial que as duas anteriores. Isso acontece quando envolvemos a pessoa em nosso sentimento verdadeiro, seja amizade, seja amor, e nos tornamos dispostos a qualquer sacrifício para preservá-la, no caso de Jack ele se coloca em perigo para salvar a vida de sua amada Rose e paga o preço o qual está disposto a pagar e fatalmente a "fatura" chega. O mar gelado, o cansaço e o amor de Jack o levam para o fundo do oceano, não antes de ele fazer um último pedido, para que Rose vivesse a vida dela pelos dois.
Eu ouvi muita gente questionando o porquê Jack não subiu junto com Rose na tal porta, há diversas explicações, inclusive do produtor executivo, todas plausíveis. Mas eu vou além na minha observação.
Rose cumpriu o desejo de Jack, teve uma boa vida, se livrou de seu carcereiro rico, das algemas douradas, armadilha social. Trocou seu nome, se aproveitando da confusão do momento e fez tudo o que desejou sempre com seu amado Jack em mente. Sentimento de gratidão? De arrependimento? De remoroso? Talvez tudo junto, não é verdade?
Mas e Jack? No fundo do oceano, seu túmulo eterno. Será que se arrependeu? Será que nos seus últimos momentos, segurando o fôlego e vendo a imagem de sua amada se misturando ao oceano se distanciando, pensou em como foi feliz, como conseguiu o que sempre desejou? Será que seus sonhos, desejos, vontades e objetivos passaram por sua mente já entorpecida pela hipóxia.
E nisso que me prendi em minhas observações, não antes de me emocionar na primeira vez que o assisti no cinema, com lágrimas nos olhos emocionado como o imaginário coletivo.
Quantas vezes nos anulamos pelo bem de quem gostamos? Já ouvi e li textos de pessoas se dizendo decepcionadas com um amigo ou um amor, mas será? A culpa é do outro? Não será nossa responsabilidade de nos anularmos, abrirmos mão de nossas convicções por essa amizade ou amor?
Será que não agimos como o Jack que sacrifica sua vida, seus sonhos, seus objetivos para salvar a vida da amada Rose? 
Eu sei que nós humanos somos capazes de feitos incríveis, tanto bons quanto ruins e tudo dependerá de nosso próprio ponto de vista, mas será que vale à pena nos anular pelo bem de outro? Seja amizade ou amor? Creio que esse comportamento é também um excesso, e todo excesso é prejudicial, creio já ter falado sobre isso noutro post. 
Talvez se Jack mantivesse o equilíbrio emocional, não digo que é fácil, e assim procurasse um lugar para sua proteção, ele poderia ter vivido uma vida plena ao lado de sua amada, poderiam ter filhos, construir uma história, etc.
Agora vamos ao final do filme, não é spoiler, Rose já de idade avançada, no final de sua vida, vai até o tombadilho do barco dos pesquisadores e faz uma grande revelação, o diamante "Coração do oceano" está em seu poder desde a catástrofe, ela o solta e devolve ao mar.
Cena bonita, romanceada, um final inesperado. Será? Com o tempo, o grande amor de Rose tornou-se uma lembrança, um momento único em toda a sua história, não que seja de menor valoração, mas é uma lembrança, como uma página no seu grande livro da vida. E no final, a manifestação de seu desapego é demonstrado no abrir mão de uma joia rara. Não digo que a vida de Rose foi dignificante, nem que ter conhecido Jack não tenha sido significativo para ela, mas ela continuou vivendo, enfrentando seus desafios e chegando ao final de seus objetivos.
E isso me fez pensar. Será que com algumas amizades e amores eu não fui muito apegado? Será que abrir mão de meus conceitos por uma amizade ou amor não foi um passo errado? Será que me projetar nas outras pessoas causou um certo desequilíbrio em minha vida ou na vida dessas pessoas?
Eu as vezes me vejo no Jack, me colocando em risco para proteger uma amizade, defender uma pessoa ou um conceito. Correndo o risco de me afogar no imenso oceano da vida.
Às vezes o que parece ser sorte pode ceifar sua vida, às vezes um grande amor pode te levar para um abismo, às vezes uma forte amizade pode de ferir, creio que precisamos de equilíbrio e sensatez em todas as nossas decisões.
Um grande abraço.

Titus●•ツ
 "O Som do Coração"  (๏̯͡๏)

"O ser humano possui a vontade imprescindível de se guiar pelas aparências. Consequentemente, as pessoas criam impressões erradas sobre o próximo: acham que conhece mas na verdade não conhecem. E é por tentativa e erro que superamos essa nossa natureza."

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Gratidão

Oi!
Dia 16 de maio é comemorado o dia do gari, apesar disso poucas são as manifestações sobre o tema, haja vista que muitos de nós nem percebemos a sua existência, é uma das muitas categorias "invisíveis" à sociedade, acredito que mesmo eu não a valorizaria se não tivesse a experiência que vou relatar.
Logo que cheguei em Pará de Minas, vindo da cidade de São Paulo, distribuí currículos em todas as empresas e locais, pois necessitava trabalha para sustentar minha família, à época minha filha havia acabado de fazer um ano de nascimento e eu precisava pagar aluguel, comprar mantimentos e arcar com as despesas.
Minha mãe, dentro de suas possibilidades, assumiu esse compromisso até que eu conseguisse trabalhar. Depois de muito procurar não aparecia qualquer proposta, cheguei a ser chamado para entrevistas que não ocorreram mas eu não desistia. Consegui um trabalho momentâneo no antigo bar Gingas Bar, atual Casa Velha, fui chamado pra ser porteiro e segurança do local, mas já no início resolveram que eu poderia ser garçom, trabalhava às quintas, sextas, sábados e domingos à noite, ja dava para cumprir alguns compromissos, e eu realmente gostava daquele trabalho, mas era temporário.
Depois de alguns meses, a empresa de coleta de lixo do município me chamou pra uma entrevista, minha prima havia entregue meu currículo lá, pois ela e meu outro primo já trabalhavam na empresa, ela havia dito que eu estava disposto a trabalhar em qualquer função. Acredito que confiaram em sua fala por causa do trabalho bem realizado tanto dela quanto do meu primo.
Chegando na empresa fui informado que iniciaria no dia seguinte como coletor de caminhão, fiquei tão feliz, começava a ter um trabalho de carteira assinada com todos os direitos e um salário para manter minha família. Me entregaram o uniforme, de cor laranja e os equipamentos de EPI, voltei pra casa todo animado, agradecendo a Deus e Meishu-Sama pela oportunidade.
No dia seguinte, às seis e cinquenta da manhã estava eu no local de início do trabalho, o encarregado me apresentou a turma com a qual eu iria trabalhar e saímos logo depois das orientações sobre o que iríamos fazer.
Vou ser sincero, foi um dia muito difícil, descer correndo, pegar as sacola de lixo e retornar pro caminhão em movimento é bem difícil, precisa ter um preparo físico e equilíbrio além do timing perfeito, senão você se machuca. O dia passou rápido, a rota muito longa e difícil, cheia de subidas e decidas, além de ter de descarregar no antigo "lixão" toda vez que o caminhão ficava cheio. Levei uns dez dias para me acostumar, com o cheiro, o trabalho, a turma e as rotas.
Nos primeiros dias, chegava em casa, tomava um banho e ia deitar não sentia fome, só cansaço e por isso dormia direto. O tempo passou e fui me acostumando, meu corpo se adaptou e meu olfato também, como é interessante a mente humana, por um lado isso é bom mas por outro nem tanto, quando tiver tempo irei detalhar esse pensamento.
Depois de alguns dias comecei e perceber que em alguns casos éramos vítimas de um descaso e até preconceito de algumas pessoas, um exemplo disso era quando pedíamos um copo com água para uma pessoa e na hora que íamos devolver os copos a pessoa dizia que podíamos jogar fora porque estava "contaminado", isso me aborrecia bastante, e eu via que meus colegas já estavam acostumados com esse tratamento. Eu, ao contrário, me sentia frustrado, não concordava com esse tipo de atitude, sentia que precisava mudar, mas como?
Eu aprendi que um trabalho sem objetivo é apenas trabalho, então precisava acha um motivo justo pelo qual Deus havia me colocado naquela função. Com isso em mente e após ler vários títulos no livro "Alicerce do Paraíso", achei um motivo enobrecedor para o meu trabalho. Passei a utilizar o processo conhecido no Japão como "Mitamamigaki" traduzido como "Polimento do espírito", eu sentia a necessidade de mudar meu sentimento em relação às pessoas e ao meu próprio serviço. 
Todos os dias ao acordar, fazia uma oração e desejando mudar meu sentimento, comecei a oferecer o meu trabalho de limpeza na cidade como limpeza espiritual de todas as casas as quais eu e meus colegas recolhíamos o lixo. Desejando que cada saco recolhido fosse uma mácula espiritual e que com isso aquela família evoluísse espiritualmente e com isso alcançando seus desejos e merecimentos, melhorando sua saúde e prosperidade.
Com essa prática diária comecei a ver as famílias com outros olhos, passei a prestar mais atenção ao meu sentimento e percebi que a minha gratidão por elas aumentou consideravelmente, eu já não me sentia frustrado, pelo contrário, estava revigorado e meus colegas também haviam mudado seu temperamento, estavam mais comprometidos com o serviço, sendo mais atenciosos uns com os outros e já não ocorriam reclamações sobre nossa rota, tanto da parte dos funcionários e empresa, quanto das famílias que atendíamos.
Já haviam pessoas em empresas que faziam questão de nos dar lanches e café, mas depois que inciei essa prática silenciosa e altruísta, passamos a ganhar presentes, a ver pessoas na rua nos cumprimentando, desejando bom dia e agradecendo pela nossa missão.
"O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor." Madre Teresa de Calcutá
Alguns meses depois fui convidado a fazer um curso de especialização na sede da empresa em Belo Horizonte, onde pude conhecer seus proprietários e toda a logística da empresa, fiquei no apartamento de outro primo que me proporcionou todo o conforto necessário, e assim, ao retornar, iniciei meus trabalhos no escritório em Pará de Minas, e o mais interessante, todos os funcionários, inclusive meus primos, se sentiram representados, diziam que finalmente havia "um deles" no comando e que isso melhoraria a valorização do seu trabalho.
Muitas outras coisas aconteceram e futuramente detalharei, mas o que me chamou a atenção neste momento foi exatamente a mudança de meu sentimento em relação às pessoas e ao meu trabalho. Realmente confirmei que trabalho sem objetivos é apenas trabalho, mas quando colocamos um sentido, um sentimento verdadeiro como objetivo de vida os resultados são enormemente potencializados, o retorno ocorre de forma exponencial.
"É realmente verdade que gratidão gera gratidão e lamúria gera lamúria. Isto acontece porque o coração agradecido comunica-se com Deus, e o queixoso relaciona-se com Satanás. Assim, quem vive agradecendo, torna-se feliz; quem vive se lamuriando, caminha para a infelicidade. A frase "Alegrem-se que virão coisas alegres", expressa uma grande verdade." Meishu Sama
Um grande abraço!
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
"O ser humano possui a vontade imprescindível de se guiar pelas aparências. Consequentemente, as pessoas criam impressões erradas sobre o próximo: acham que conhece mas na verdade não conhecem. E é por tentativa e erro que superamos essa nossa natureza."

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão Titus, o som do coração Tem momentos em que a gente para. Ou porque a vida manda parar, ou po...