quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sou Patafufo e hei de provar!

Olá!
Dando continuidade à minha história em Pará de Minas, prestei o concurso publico para a Prefeitura de Pará de Minas, e fui logo chamado a trabalhar, na reunião de apresentação nos foi dito que a Secretaria Municipal de Educação necessitava de pessoas para trabalhar nas secretarias das escolas, como eu havia prestado para o cargo de auxiliar Administrativo eu não poderia trabalhar nas escolas e sim nas creches do município, mas havia uma exceção, trabalhando na zona rural eu poderia ir para uma secretaria de escola, aceitei a proposta e fui me apresentar na Secretaria de Educação.
Para cumprir a hierarquia foram atendidos primeiramente os que saíram melhores colocados que eu, depois deram uma atenção especial às mulheres, dando a elas a possibilidade de escolher escolas próximas às suas casas, tendo em vista serem também donas de casa e muitas casadas, logo percebi que iria trabalhar em algum distrito distante, mas não me preocupei, sempre penso que Deus define o local que serei mais útil, então aguardei pacientemente.
Fui atendido por último de fui designado para a Escola do distrito de Corrego do Barro, quando tudo já estava acertado, A Secretária Municipal se lembrou que um diretora de escola havia solicitado um homem para trabalhar em sua escola,pois seriam abertas turmas de Alfabetização para jovens e adultos de primeira à quarta série, hoje denominados EJA,  e também os Telecursos de primeiro e segundo grau, conhecidos como Telecurso 2000. A secretária imediatamente chamou a dita diretora para comparecer na secretaria e aí fomos apresentados, logo de cara gostei dela, uma pessoa que parecia ser muito dinâmica, seu nome NILDA, ficou acertado que na segunda-feira eu me apresentaria na Escola Municipal Orosina Cecilio Mendonça e assim fiz.
Foi intimidante, eu era o único homem presente, nas escola sempre só trabalharam mulheres, fiquei imaginando o que viria pela frente, fui apresentado pela diretora que com muito cuidado e presteza mostrou os trabalhos a serem realizados, ela também me apresentou à minha colega de trabalho, Solange Mendonça, uma pessoa que me ensinou muito sobre secretaria, diários, fichas, e principalmente sobre prefeitura, como se deve ver e fazer as coisas e isso me ajuda até hoje, minha gratidão é enorme por todas as funcionárias daquela escola, um local muito bacana de se trabalhar.
Abrindo um importante parẽntese:
Neste ano nasceu meu segundo filho Renato Augusto e isso foi uma alegria imensa para mim.
Bem, logo no primeiro momento, contei de onde estava vindo, que sou paisagista formado pela Escola Paulista de Paisagismo, e sobre uma parte de meu passado, isso fez com que a diretora junto com a supervisora Walkíria, me dessem uma oportunidade ímpar, eu cuidaria de implantar o Projeto Clube da Árvore na escola, onde as crianças aprenderiam a plantar uma semente e cuidar dela até se tornar uma muda robusta para ser plantada em seu lote ou em algum lugar da cidade, mostrando assim o valor de preservar o meio ambiente.
Eu sou uma pessoa que assume a responsabilidade e busca fazer o melhor, junto com o Clube da Árvore pedi para fazer um experimento, e fui autorizado a agregar o Projeto Planeta Azul por um mundo melhor, o qual participei em São Paulo desde a sua fundação nas escolas públicas de lá (ver o site http://www.planetaazul.com.br), com isso criei o primeiro teatro musical da escola com o título "Nós amamos muito o Planeta Azul, foi um sucesso, de críticas e de público, no primeiro ano era apenas uma turma de quarta série, no segundo ano ampliamos para as três Terceiras Séries e as três Quartas séries, e encenamos o musical "Nós ainda amamos o Planeta Azul", o qual encantou tanto os pais e os alunos que fomos convidados a apresentá-la em praça pública,, outro sucesso, o público parou, vibrou e dançou conosco durante toda a apresentação na Praça da Matriz, a criançada ia a loucura, no terceiro ano ampliamos novamente, todas as turmas da escola passaram a participar do Clube da árvore e do Projeto Planeta Azul, as professoras se animavam, as crianças e seus pais se envolviam, passei a ser conhecido em toda Prefeitura, apesar de não conhecer quase ninguém, são muitos funcionários.
Solange sempre me ensinava os trabalhos, Walkiria me mostrava o rumo da pedagogia  e a Nilda me dava total liberdade, nesta época eu trabalhava com todas as crianças, e os adultos no turno noturno.Engraçado, todos se tornaram grandes amigos, muitos ainda encontro todos os dias, outros de vez em quando e outros só tenho notícias, à noite eu ouvia os alunos, incentivava-os a continuar mesmo quando eles estavam desanimados, e tentava ajudá-los.
Havia uma diretora do Telecurso 2000 a Raquel, que me ensinou muito e também me deu liberdade para poder trabalhar com os alunos. Os professores do turno noturno também eram muito bacanas, Maria Lucia, Aline, Ana Maria, Gersom, pessoas responsáveis e dedicadas a ensinar adultos, uma tarefa muitas vezes hercúlea, nos tornamos bons amigos também.
Neste ano as crianças do terceiro período resolveram encenar uma música de minha autoria, sobre um ratinho que perseguia o impossível e mesmo assim nunca desanimava, foi emocionante, chorei igual criança, a alegria era tão forte, no dia do meu aniversário recebi uma homenagem de todos os funcionários, alunos, pais e responsáveis, achei que meu coração explodiria.
Neste mesmo ano recebi uma proposta da Secretaria Municipal de Ação Social, para migrar de uma para outra. 
Eu me esqueci de dizer que conheci um grande amigo o psicólogo Antonio Carlos, ele, vendo o meu trabalho com as crianças da escola e os resultados alcançados junto com as colegas de trabalho, resolveu contar para a Secretária Municipal de Ação Social  Maria Amália, ela precisava de alguém que falasse sobre ecologia para os Agentes Jovens, um projeto, hoje extinto do Governo Federal, então ela me convidou para ministrar aulas sobre o assunto aos 25 adolescentes com idade entre 15 e 18 anos, com total apoio da diretora de minha escola e autorização da Secretária Municipal de Educação comecei esse novo desafio, assim eu ficava na escola de 13 horas às 14 horas, descia para a Secretaria de Ação Social, ficava até as 16 horas e 30 minutos, voltava para escola e ficava até as 22 horas, cumprindo o meu horário de trabalho. Eu ia e voltava a pé toda quarta-feira, pois não poderiam disponibilizar um motorista para me levar e me trazer, bem como não poderiam me dar vales transporte, como eu acreditava no que eu estava fazendo e gostava principalmente de trabalhar com adolescentes, não me importei e durante dois anos essa foi a minha rotina toda quarta-feira no primeiro ano e duas vezes por semana no segundo.
Bem, por causa disso fui convidado a mudar de Secretaria para Coordenar um novo projeto a ASCAMP (Associação dos Catadores de Materiais Recicláves de Pará de Minas), mas isso vou deixar para amanhã.
Um grande abraço a todos.

Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
"Quero ser diferente, eu sou, e se não for, me farei."


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