No
mundo das pessoas descartáveis, pouco importa o que o outro sente, a
própria necessidade vem primeiro. O papo de “que saudade de você,
vamos nos ver qualquer hora” é politicagem. Quem sente sua falta
vai sempre sentir e agir. Fuja da relação que você sabe que não
dará certo! Não se ache tão importante também. De repente você
nem é tão importante assim para um certo alguém. Já foi em dois
minutos, dois dias, dois anos, mas hoje não é mais. Já foi!
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Eu
fico às vezes pensando por que algumas pessoas tem medo de sentir
algo por alguém. Talvez porque tenham só se decepcionado e tal. Mas
aí vou generalizando as pessoas num mesmo padrão até quando? Até
quando não permitir que ninguém atravesse a fortaleza frágil que
se criou? Todas são iguais? Então logo você também é igual a
todo mundo?
Deduzo
também, que possa ser atitudes decorrentes de inúmeros depósitos
de confiança no que o outro diz, mas também me pergunto: por quê
não acreditar em certas coisas ditas? As pessoas às vezes nem se
cumprimentam por achar alguma coisa a respeito do outro, sendo que
mal o conhece. Os olhos nem se esbarram mais. As ligações quase em
extinção com o desenvolvimento da tecnologia.
Usamos
um aplicativo para quase todas as coisas que se requerem atitude para
fazer ou de um alguém de carne e osso. E claro que isso facilita
muito a nossa vida, outros atrasam. “Coração” se a aparência
me agradou, “X” se considerei a aparência. Próximo!
As
oportunidades de perdoar, de compreender, de conversar ou conhecer um
alguém em certos casos acompanha a mesma velocidade desse
desenvolvimento tecnológico todo. Não me interessa… eu deixo pra
lá.
No
mundo das pessoas descartáveis, um, não se apega ao outro. E quando
digo apegar, não digo no sentido de possessão, mas no de se deixar
cativar pelo outro, se sentir tocado pelo que o outro simplesmente é.
Que medo é esse de não se contagiar? O apego quer dizer, não
conseguir viver sem algo ou alguém, porém, entre seres humanos, o
afeto deveria ser necessário.
Mas
a ganância, só faz com que as pessoas se afastem uma das outras.
Onde o poder e o status, estão numa corrida para mostrar quem pode e
quem tem mais. No mundo das pessoas descartáveis, não interessa
criar nenhum tipo de laço ou afeto. E se alguém não fez algo que
você esperava que ela fizesse, uma tecla de ‘delete’,
automaticamente será apertada. Mil palavras são jogadas ao vento,
não se sente com verdade e sim o que lhe convém, logo essas
palavras deixam de ter significado.
Nesse
universo as pessoas são usadas para conseguir algo ou pra ferir um
alguém. Só nos procuram quando querem algo. (Fuja do universo de
pessoas assim!) No mundo das pessoas descartáveis o sentimento até
pode ser verdadeiro, mas ele tem um prazo de validade muito curto,
varia de acordo não com os acontecimentos da vida, mas com o que
espero que ela me ofereça ou se porte do modo que acho correto. O
que é correto?
No
mundo das pessoas descartáveis, pouco importa o que o outro sente, a
própria necessidade vem primeiro. O papo de “que saudade de você,
vamos nos ver qualquer hora” é politicagem. Quem sente sua falta
vai sempre sentir e agir. Fuja da relação que você sabe que não
dará certo! Não se ache tão importante também. De repente você
nem é tão importante assim para um certo alguém. Já foi em dois
minutos, dois dias, dois anos, mas hoje não é mais. Já foi! Logo a
pessoa vai encontrar outro pra por em “seu lugar”, o mundo
funciona assim certas vezes, seja no trabalho ou em relacionamentos.
E
eu te conto uma coisa… Acredite! Nesse
mundo há muitos lugares onde se pode repousar também, há abrigo
pra quem se permite conhecer e acolher um visitante. Há
moradas aconchegantes, o negócio é arriscar e acreditar sempre.
Ninguém é igual a ninguém, há pessoas boas e más no mundo. E
você tem que estar firme pra reconhecer quem as são.
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