sábado, 26 de abril de 2014

Uma história de amor

Olá!
Esse é um texto sobre abnegação, quando uma inocente criança resolve dar, de bom grado, aquilo que ela tem de mais importante para a pessoa que ele mais amava. E se fôssemos nós? Teríamos a mesma atitude? Se fosse nosso filho, nossa mãe, nosso irmão ou o melhor amigo? O que faríamos?
Boa leitura.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏) 
"A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".
Há muitos anos atrás, quando eu trabalhava como enfermeiro em um hospital, eu conheci uma menininha de uns 2 ou 3 anos de idade chamada Liz. Ela sofria de uma terrível e rara doença.
A única chance de recuperação parecia ser através de uma transfusão de sangue do irmão mais velho dela, de apenas 5 anos que, milagrosamente, tinha sobrevivido à mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido os anticorpos necessários para combatê-la.
O médico explicou toda a situação para o menino e para a família e perguntou, então, se ele aceitava doar o sangue dele para a irmã.
Eu vi ele hesitar um pouco, mas depois de uma profunda respiração ele disse:
- Tá certo, eu topo já que é para salvá-la...
Os médicos levaram os dois para uma sala preparada para a transfusão, e os deitaram em duas camas, lado a lado.
À medida que a transfusão foi progredindo, o garotinho começou a sorrir, assim como nós também, ao vermos as bochechas da pequena Liz voltarem a ter cor.
De repente, o sorriso dele desapareceu e ele empalideceu. Ele olhou para o médico e perguntou com a voz trêmula:
- Eu vou começar a morrer logo?
Por ser tão pequeno e novo, o menino tinha interpretado mal as palavras do médico. Ele pensou que teria que dar todo o sangue dele para salvar a vida da irmã!
E o médico respondeu, sorrindo:
- Você não vai morrer, só precisamos de um pouco do seu sangue. Mas a sua linda atitude salvou a vida de sua irmãzinha.
Todos ficaram emocionados. Só me lembro de ver, ao final da transfusão, a pequena Liz abraçando seu irmão e dizendo:
- Obrigada por salvar a minha vida. Eu te amo!
(baseado em fatos reais - preservado o nome do autor)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Tu

Olá!
Este texto é de Jorge Luis Borges, um grande pensador, acabei de lê-lo no livro "Abismo" de Carlos Ribeiro, o qual começarei a ler a partir desse momento.
Resolvi colocar esse texto porque ele representa, em termos mais filosóficos, o que escrevi no post http://kanshahoon.blogspot.com.br/2014/04/e-tempo.html, no qual falo sobre a intemporalidade da vida.
Espero que gostem.
Um grande abraço
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
 "A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".
Tu
Jorge Luis Borges

Um só homem nasceu, um só homem morreu na terra. 
Afirmar o contrário é mera estatística, é uma adição impossível.
Não menos impossível que somar o cheiro da chuva e o sonho que anteontem à noite sonhaste.
Esse homem é Ulisses, Abel, Caim, o primeiro homem que ordenou as constelações, o homem que erigiu a primeira pirâmide, o homem que escreveu hexagramas do Livro das Mutações, o forjador que gravou runas na espada de Hengist, o arqueiro Einar Tamberskelver, Luís de Leon, o livreiro que engendrou Samuel Johnson, o jardineiro de Voltaire, Darwin na proa do Beagle, um judeu na câmara letal, com o tempo, tu e eu.
Um só homem morreu em Ílion, no Metauro, em Hastings, em Austerlitz, em Trafalgar, em Gettysburg.
Um só homem morreu nos hospitais, em barcos, na árdua solidão, na alcova do hábito e do amor.
Um só homem fitou a vasta aurora.
Um só homem sentiu no paladar o frescor da água, o gosto das frutas e da carne.
Falo do único, do uno, do que está sempre só.

É Tempo

Olá!
Ontem comemoramos a páscoa cristã. Eu fiquei imaginando, como o mundo é complexo, as relações humanas são complexas, alguns acreditam na ressurreição de um homem divino, outros nem acreditam que ele exista. O fato é que, independentemente dele ter existido ou não, de ter ressuscitado ou não, sua história mudou a vida de todos nós.
Seja o ateu ou aquele que crê, tudo muda a partir dessa história, mas você deve estar perguntando onde quero chegar com esse texto e a resposta é simples, "a lugar algum".
Eu fiquei pensando em minhas próprias crenças, eu acredito na eternidade da alma, na vida após a vida, e até mesmo na reencarnação, espere, não se irrite, não desejo que você acredite no que acredito, mas gosto de expor o que penso e sinto sem interesse de convencê-lo sobre o que é certo ou errado, real ou imaginário.
Bem voltemos aos meus pensamentos.
Eu fiquei imaginando que nossas existências estão relacionadas à pequenos e grandes momentos e pra que você entenda meu ponto de vista vou tenta me explicar. Os pequenos momentos estão relacionados à esta existência, desde o dia em que nascemos até o momento da nossa viagem irremediável. Já os grandes momentos está relacionados ao tempo antes de nascermos e o tempo após nossa morte. 
Não quero e nem vou levantar a tese do reencarnacionismo, para não ofender outras crenças, então vou me ater aos nossos antepassados e nossos descendentes. Hoje somos o resultado das escolhas feitas por nossos antepassados, em algum momento se conheceram, se apaixonaram ou não, tiveram um relacionamento próximo que gerou outro antepassado, que por sua vez gerou outro e mais outro e na cadeia de eventos chegou até os dias de hoje, até nós.
Já imaginou, se em algum momento dessa cadeia, um deles resolvesse não ter filhos, ou sofresse um acidente, ou ficasse doente? Será que estaríamos aqui? Será que eu estaria aqui escrevendo essas palavras? Acho que os atos e fatos ocorridos no passado nos influencia em nossas vidas, em nossas crenças, em nosso destino. Você deve se perguntar, e o livre arbítrio? Esse ponto é o mais complexo ao meu ver.
Nós passamos a nossa existência, esse pequeno momento, fazendo nossas escolhas, escolhendo nossos amigos, nossos namoros, como lidamos com a pressão do dia a dia, qual o tipo de trabalho queremos realizar, se queremos trabalhar, etc. Só que isso acontece num período de tempo muito curto, ao qual não nos apercebemos o quanto é realmente curto, o que são 80, 90 ou 100 anos, perto da eternidade?
E é esse o ponto. Essa é a grande revolução. Quando nos apercebemos desse pequeno espaço de tempo na grande trama da vida, começamos a buscar uma qualidade melhor de pensamentos, sentimentos, escolhas, pois sabemos, ou conjecturamos, que as nossas escolhas hoje afetarão nossos descendentes, da mesma forma que as escolhas de nossos antepassados nos trouxeram até aqui.
Nós somos o ponto. O divisor de águas. A mudança deve começar em nós, e assim, no rio da vida, influenciaremos o futuro, somos o único elo entre o passado e o futuro. Você pode até pensar, mas eu tenho meus irmãos, meus tios, meus primos. Sinto muito, mas acredito que não funciona assim, cada um de nós sofre a influência de um determinado número de antepassados, não de todos e assim também influenciaremos um certo número de descendentes e não todos.
Como cheguei a esta conclusão? É simples, eu sou moreno, alto, esbelto, meu irmão era loiro e meu outro irmão era negro. Somos filhos do mesmo pai e da mesma mãe, e mesmo assim, tirando claro as características físicas quase idênticas, voz e tal, tínhamos distinção entre nós, ou seja, cada um recebia influência de um número de antepassados diferentes entre si, o que acabou acarretando nossas diferenças pessoais, de como encarar os problemas, arranjar soluções, encontrar pessoas, se assim não fosse acabaríamos por nos apaixonar pelas mesmas pessoas, escolher os mesmos empregos, gostar das mesmas cores, ainda bem que é assim.
Então, acredito que se quisermos entender a eternidade devemos abrir mão dessa individualidade, pois ela é momentânea, ocorre num pequeno instante, precisamos nos situar corretamente nessa história, para fazermos escolhas melhores, maiores, e mais verdadeiras, para que nossos descendentes tenham a oportunidade de serem realmente felizes. Eu acredito, que a partir do momento que tomei consciência desse fato, minha vida se transformou. Passei a amar mais as pessoas, a respeitar mais os seus pontos de vista, a imaginar um futuro melhor para meus descendentes.
Eu disse que era complexo, mas se dermos um passo atrás e olharmos as coisas em perspectiva, acredito que conseguiremos visualizar o que acabei de dizer.
Um grande abraço e fique à vontade em comentar.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
 "A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".

sábado, 19 de abril de 2014

Renascer

Olá!
Eu estava pensando em que escrever para comemorarmos juntos a Páscoa.
Tanta gente escreve coisa bonitas sobre renascer, crescer, mudar paradigmas, ampliar horizontes, buscar novos caminhos, etc.
Fiquei com medo de acabar copiando um texto ou uma história de alguém e não conseguir escrever nada de novo.
Aí vi esta foto, ela me lembrou de algo que me aconteceu há alguns anos atrás, na verdade foi algo que não aconteceu, eu explico.
Como disse anteriormente há alguns anos estava coordenando um grupo de pessoas muito vulneráveis, pessoas sem instrução, sem esperança, sem dinheiro, mas que possuíam um potencial enorme, como sua associação estava falindo me mandaram pra ajudá-las. Um amigo, psicólogo havia dito que eu tinha o perfil certo para executar a tarefa de resgatá-las e assim me foi passado o desafio, recebi todo o apoio necessário para que alcançasse os objetivos propostos, fortalecer a associação, identificar e resgatar vulnerabilidades, entre outras situações, acredito que um dia contarei essa parte da história, mas não hoje.
Voltando à foto, nessa associação havia um jovem que já havia pago um pena na prisão, por motivo que prefiro não dizer, e esse jovem parecia ter problemas em socialização, todos da associação tinha medo dele, ele sempre soturno, desconfiado, sério e muitas vezes discutia por coisas simples, não que ele estivesse fora da razão mas o barulho era maior que o necessário.
Comecei a me aproximar dele, tentando entender sua forma de pensar e agir, mas percebi que havia uma barreira entre nós. O tempo foi passando, fui conquistando a confiança dos associados, mas ele, apesar de já confidenciar algumas coisas, continuava se mantendo afastado. Parecia que ele me contava coisas pra me testar, pra saber se eu contaria para os outros ou para me assustar e me fazer ter medo dele. Claro que não funcionou, eu sempre procuro pontos positivos em qualquer lugar, pessoa ou trabalho e ali não seria diferente.
Um dia, quando cheguei para trabalhar, a esposa dele veio falar comigo, e disse que eles haviam brigado e que eles iriam se separar. Nesse momento vi o quanto ele estava transtornado, mais soturno que de costume, chamei-o para conversar. Foi uma conversa rápida, ele me levou a um local mais afastado. Ele estava com o semblante carregado, fiquei muito penalizado, de verdade! Fiquei imaginado o quanto aquele espírito estava carregado, quanto sofrimento passava naquele coração, e assim, sem pensar em nada eu disse:
- Me dá um abraço?
Ele de sobressalto disse:
- Como é que é?
Eu repeti o pedido e o abracei. Ele ficou paralisado, sem ação por alguns segundos, e vagarosamente me abraçou, com um braço e depois o outro, daí começou a chorar, parecia uma criança, chorava de soluçar, e assim ficamos por um longo tempo. Quando ele parou de chorar, me soltou e disse:
- Oh! Eu nunca abracei um homem na minha vida! Você conseguiu que eu fizesse duas coisas que eu não gosto. Me aproximar de alguém e chorar!
No mesmo dia mais tarde ele foi ao escritório e disse:
- Hoje eu vi como você é grande!
Eu sorri e ele continuou:
- É sério! Quando você me abraçou, na hora que você veio em minha direção eu olhei e vi o quanto você é grande, se a gente não presta atenção não percebe.
Continuamos rindo e a partir desse dia firmamos uma amizade.
Os anos se passaram, muitas outras histórias aconteceram, e ele começou a seguir meus exemplos, sempre que se deparava com uma situação ele se perguntava como eu solucionaria. Sua vida foi mudando, as pessoas passaram a conversar mais com ele, o medo foi passando.
Eu saí da associação, a missão foi cumprida e fui designado para o trabalho que realizo atualmente. Há alguns meses eu o encontrei e ele começou a conversar comigo, rindo à bessa, e de repente me disse:
- Você se lembra daquela vez que você me pediu um abraço?
- Sim! _ Respondi.
- Pois é!, continuou ele, aquele dia ia acontecer uma coisa muito grave. Você veio conversar comigo, eu comecei a te levar pra um lugar mais afastado. Já tinha separado uma faca, na minha cabeça só vinha a ideia. "Eu tenho que matar ele".
Eu perguntei o porquê desse pensamento e ele disse:
- Sei lá, uma coisa em você me incomodava, o seu jeito de agir, de conversar, de estar sempre rindo, ninguém é feliz o tempo todo! Eu achava que você era falso, que estava escondendo alguma coisa.
- E daí?, perguntei.
- Daí, respondeu ele, você vai e me pede um abraço. Você me abraça sem saber o perigo que estava correndo, me abraçou como um irmão que nunca tive. Eu senti tanta sinceridade naquele abraço, que comecei a chorar de arrependimento, e daquele dia em diante resolvi nunca mais fazer mal a mais ninguém, e venho buscando seguir o seu exemplo.
Eu chorei, fiquei pensando em como um abraço pode salvar uma pessoa, como cultivar a sinceridade salvou a minha vida. E como o amor de Deus se manifestou em um ato simples.
Eu sei que não é uma história de páscoa, daquelas contadas em livros, vídeos ou filmes, mas pra mim o renascimento de uma pessoas pode ser influenciada pela mudança em nós mesmos.
Um grande abraço a todos vocês.
Feliz Páscoa!
E vamos juntos aprender a amar verdadeiramente o nosso próximo.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração"  (๏̯͡๏)
 "A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".

domingo, 13 de abril de 2014

Alegria em fotos.

 Olá!
Estas são as fotos das reuniões realizadas com as familias beneficiárias do Programa Minha Casa Minha Vida. Um momento de alegria para elas e para nós que a quase um ano nios envolvemos e nos comprometemos com o resgate de suas vulnerabilidades.
Um abraço. Aproveitem.
Cido.






















































































O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão Titus, o som do coração Tem momentos em que a gente para. Ou porque a vida manda parar, ou po...