Quantas vezes deixamos de amar por medo de nos machucarmos?
Quantas vezes escolhemos nos afastar para evitarmos um bom embate?
Quantas vezes nos escondemos atrás de desculpas e preconceitos e não demonstramos o que sentimos realmente?
É verdade, o mundo está caótico, preconceituoso, intolerante. O mal espreita em todas as frestas, como baratas esperando à noite para saírem e se refestelarem no banquete de migalhas deixadas por nós em nossas atitudes diárias.
Um mal entendido aqui, uma palavra mal falada ali, alguém que deixamos de ajudar, um abraço que não foi dado, um beijo carinhoso no rosto, um sorriso que foi apagado por medo de mostrar a nossa alma.
É, o mundo está malicioso, mas o que é o mundo senão a manifestação individual de cada ser vivente? Se ele o é, na verdade somos todos! Não há distinção,parafraseando Saint Exupery "todos somos responsáveis por aquilo que cativamos" e digo mais, nos tornamos responsáveis por aquilo que realizamos.
De que adianta ter um coração perfeito, se não há histórias para serem contadas, de que adianta passar pela vida sem colecionarmos as cicatrizes que tornam nosso caráter mais forte? De que adianta viver, se não conseguimos amar?
Acredito realmente que para amarmos de verdade, precisamos sair de dentro do nosso mundo e integrar o mundo do outro. É claro que muitas vezes, e serão a maioria, vamos investir nesse amor, faremos pelo outro o que gostaríamos que fizessem por nós, e que não seremos retribuídos e até mesmo seremos traídos, julgados e esquecidos. E daí? Amar vale à pena, sorrir com sinceridade para quem usa máscaras vale à pena, abraçar quem um dia poderá nos apunhalar vale à pena, e sabe porquê?
Porquê temos de nos esforçar para irradiar amor, somente quem souber captar esse sentimento fará bom uso dele e você deve me perguntar "e os outros"?
Ah, os outros são aparelhos com antenas defeituosas e não conseguem uma sintonia mais fina.
Eu creio que "só sofro com toda força do mundo porque amo com a intensidade de um cometa".
Um abraço.
Titus●•ツ
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".
Um jovem estava no centro da cidade, dizendo ter o coração mais
bonito da região. Uma multidão o cercou e todos admiraram o seu coração.
Não havia marca ou qualquer outro defeito.
Todos concordaram que era o coração mais bonito que já tinham visto e o jovem continuou muito orgulhoso por seu belo coração. Até que de repente, um velho apareceu diante da multidão e disse:
- Seu coração parece perfeito, mas eu não trocaria o meu pelo seu.
A multidão e o jovem olharam para o coração do velho, que batia com vigor, mas estava cheio de cicatrizes. Havia locais em que pedaços tinham sido removidos e outros tinham sido colocados no lugar, mas estes não encaixavam direito, causando muitas irregularidades. Em alguns pontos do coração, faltavam pedaços.
O jovem olhou para o coração do velho e disse:
- O senhor deve estar brincando... Compare nossos corações. O meu está perfeito, intacto. O seu é uma mistura de cicatrizes e buracos!
A multidão riu da situação.
- Sim - disse o velho. Cada cicatriz representa uma pessoa a quem dei o meu amor. Tirei um pedaço do meu próprio coração e dei para cada uma dessas pessoas. Muitas delas deram-me também um pedaço do próprio coração para que eu colocasse no meu, mas, como os pedaços não eram exatamente iguais, há irregularidades. Mas eu as estimo, porque me fazem lembrar do amor que compartilhamos.
E cheio de emoção, concluiu:
- Algumas vezes, dei pedaços do meu coração a quem não me retribuiu... Por isso há buracos. Eles doem... Ficam abertos, lembrando-me do amor que senti por essas pessoas... Tenho a esperança de que um dia elas retribuam, preenchendo esses espaços.
A multidão silenciou.
O jovem ficou calado e lágrimas escorreram pelo seu rosto. Ele aproximou-se do velho. Tirou um pedaço de seu perfeito e jovem coração e ofereceu ao velho, que retribuiu o gesto.
O jovem olhou para o seu coração, não mais perfeito como antes, mas mais belo que nunca. Os dois se abraçaram e saíram caminhando lado a lado e o jovem ficou pensando:
“Como deve ser triste passar a vida com o coração intacto”.
(autor desconhecido)
Todos concordaram que era o coração mais bonito que já tinham visto e o jovem continuou muito orgulhoso por seu belo coração. Até que de repente, um velho apareceu diante da multidão e disse:
- Seu coração parece perfeito, mas eu não trocaria o meu pelo seu.
A multidão e o jovem olharam para o coração do velho, que batia com vigor, mas estava cheio de cicatrizes. Havia locais em que pedaços tinham sido removidos e outros tinham sido colocados no lugar, mas estes não encaixavam direito, causando muitas irregularidades. Em alguns pontos do coração, faltavam pedaços.
O jovem olhou para o coração do velho e disse:
- O senhor deve estar brincando... Compare nossos corações. O meu está perfeito, intacto. O seu é uma mistura de cicatrizes e buracos!
A multidão riu da situação.
- Sim - disse o velho. Cada cicatriz representa uma pessoa a quem dei o meu amor. Tirei um pedaço do meu próprio coração e dei para cada uma dessas pessoas. Muitas delas deram-me também um pedaço do próprio coração para que eu colocasse no meu, mas, como os pedaços não eram exatamente iguais, há irregularidades. Mas eu as estimo, porque me fazem lembrar do amor que compartilhamos.
E cheio de emoção, concluiu:
- Algumas vezes, dei pedaços do meu coração a quem não me retribuiu... Por isso há buracos. Eles doem... Ficam abertos, lembrando-me do amor que senti por essas pessoas... Tenho a esperança de que um dia elas retribuam, preenchendo esses espaços.
A multidão silenciou.
O jovem ficou calado e lágrimas escorreram pelo seu rosto. Ele aproximou-se do velho. Tirou um pedaço de seu perfeito e jovem coração e ofereceu ao velho, que retribuiu o gesto.
O jovem olhou para o seu coração, não mais perfeito como antes, mas mais belo que nunca. Os dois se abraçaram e saíram caminhando lado a lado e o jovem ficou pensando:
“Como deve ser triste passar a vida com o coração intacto”.
(autor desconhecido)
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