sábado, 6 de setembro de 2014

Uma Lenda


Olá!
Na busca da auto satisfação acabamos por nos perder pelo caminho, às vezes somos religiosos, dogmáticos mas não pragmáticos, às vezes vamos à igreja e elogiamos o sermão, a pregação ou seja lá a forma de orientação que lá se apresenta, mas quando saímos porta a fora deixamos lá a "palavra" e voltamos para a nossa vida, julgando, magoando, usurpando, maltratando, diminuindo, humilhando, etc. Pelo simples fato de sermos humanos achamos que "errar é humano", uma forma simples de dizer, você tem que me aceitar como sou pois "errar é humano". Essa frase tornou-se uma desculpa para justificar nossas vaidades, nosso pedantismo e nossa mania de grandeza, ela justifica até mesmo quando nos negamos a aceitar que precisamos evoluir, crescer em direção ao céu.
Por vezes nos preocupamos tanto com os tesouros materiais que nos esquecemos que "somos seres espirituais passando por uma experiência material", aqui somos finitos, lá somos infinitos. Acredito que seria muito melhor nos esforçarmos para trazer alegria, paz, harmonia ao ambiente em que vivemos, seja em nossos lares, nos nossos trabalhos, na rua, etc. Do que nos preocuparmos com os prêmios, as posições, as colocações, os troféus, as medalhas, as promoções.
Às vezes vejo pessoas emoldurarem um diploma para colocá-lo na parede com o intuito de que todos que por ali passem vejam o quanto elas são importantes, mas um dia, há a mudança, vão pra outro lugar e acabam se esquecendo do quadro, sabe porquê?
Por que o diploma não agrega qualquer valor à pessoa, só mostra que ele se formou e/ou foi reconhecida, mas o verdadeiro reconhecimento vem dos nossos atos diários, de nada adianta ter diplomas, infinitos quadros pendurados na parede, se no dia a dia não se aplica o que supostamente aprendeu.
Venho pensando muito nisso e me lembrei de uma lenda antiga, ela esclarece o meu ponto de vista.
Um grande abraço a todos.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
 "A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".


 Um rei tinha dado à sua filha um belo colar de diamantes. Mas o colar foi roubado e as pessoas do reino procuraram por toda a parte sem conseguir encontrá-lo. Alguém havia dito ao rei que seria impossível encontrá-lo, porque um pássaro o teria levado, fascinado por seu brilho. O rei, desesperado então, ofereceu uma grande recompensa para quem o encontrasse.
Um dia, um rapaz caminhava de volta para casa ao longo de um lago sujo e mal cheiroso. Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no lago e quando olhou viu o colar de diamantes. Tentou pegá-lo, pôs sua mão no lago imundo e agarrou o colar, mas não conseguiu segurá-lo, o perdeu. No entanto, o colar continuava lá no mesmo lugar, imóvel. Então, desta vez ele entrou no lago, mesmo sujo, e afundou seu braço inteiro para pegar o colar; mas não conseguiu de novo, o colar escapava-lhe.
Saiu, sentou e pensou de ir embora, sentindo-se deprimido. Mas, de novo ele viu o colar brilhando. Decidiu agora mergulhar no lago, embora fosse sujo. Seu corpo ficou todo sujo, mas ainda assim não conseguiu pegar o colar.
Ficou realmente aturdido e saiu, sentou-se às margens do lago, pensativo... que mistério!
Um velho que passava por ali o viu angustiado, e perguntou-lhe o que estava havendo. O rapaz não quis contar para o velho com medo de perder a recompensa do rei. Mas o velho pediu ao rapaz que lhe contasse qual o problema, e prometeu que não contaria nada para ninguém e não o atrapalharia em nada.
O rapaz, dando o colar por perdido, decidiu contar ao velho. Contou tudo sobre o colar e como ele tentou pegá-lo, mas fracassando. O velho então lhe disse que talvez ele devesse “olhar para cima”, em direção aos galhos da árvore, em vez de olhar para o lago imundo. O rapaz olhou para cima e, para sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore. Tinha o tempo todo, tentado capturar um simples reflexo do colar.

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