Outro texto que utilizei em uma das minhas palestras. Sempre procuro encontrar momentos que me remetam ao que o ser humano tem de melhor, e uma delas se chama ação altruísta.
Algumas vezes, de forma instintiva, realizamos uma boa ação, seja oferecer o banco no ônibus pra um idoso ou uma senhora grávida, seja oferecer a preferencia quando em um determinado lugar somente uma pessoa passa. Isso está incrustado em nós, faz parte de nossa educação.
Outras vezes fingimos não ver ou não nos importar colocando em primeiro plano nossas necessidades, nossos desejos mais íntimos, acredito que isso faça parte da nossa natureza humana-animal. Essa mesma natureza precisa ser moldada, lapidada, transformada, para que nos tornemos seres dignos de viver num mundo melhor. Aprendi que devemos nos colocar em sundo plano para desejar o bem e a felicidade das pessoas que se encontram ao nosso redor, mas também precisamos ter equilíbrio suficiente para não perdermos o motivo de existirmos. Esse equilíbrio é muito difícil mas não impossível, o que precisamos fazer é treinar todos os dias como um atleta que se exercita para alcançar o seu objetivo a medalha de ouro, mas só isso não basta nunca devemos parar de treinar utilizando as ações altruístas.
Para exemplificar o que expus segue um texto muito emocionante, espero que gostem.
Um abraço!
Titus●•ツ
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado." Roberto Shinyashiki
A garçonete grávida
Renato quase não viu a
senhora, com o carro parado
no acostamento. Chovia forte e já era noite. Mas percebeu que ela
precisava de ajuda, assim parou e se aproximou. O carro dela cheirava
a tinta, de tão novinho. A senhora, um pouco ressabiada, pensou que
poderia ser um bandido,
pois ele não inspirava segurança,
com um jeito de pobre e faminto.
Renato percebendo que ela estava com muito medo disse:
— Eu estou aqui para ajudar senhora, não se preocupe. Pode esperar dentro do carro mesmo onde está quentinho, a propósito, meu nome é Renato.
Todo o problema se resumia em um pneu furado, mas para uma senhora já com certa idade era ruim o bastante. Renato abaixou-se, colocou o macaco, levantou o carro e começou a trocar o pneu, ficando um tanto quanto sujo, ferindo uma das mãos. Enquanto apertava as porcas da roda ela, agora com mais confiança, abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era do Rio de Janeiro e que só estava de passagem por ali.
—Não sei como agradecer pela preciosa ajuda!
Renato apenas sorriu enquanto se levantava, ela perguntou quanto devia. Já tinha imaginado todas as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Renato não tivesse parado e ajudado. Renato não pensava em dinheiro, gostava de ajudar as pessoas, este era seu modo de viver. E respondeu:
—Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda de que ela precisar e lembre-se de mim.
A senhora seguiu seu caminho e há alguns quilômetros adiante, em um pequeno restaurante simples a garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso. A senhora percebeu que a garçonete estava grávida aparentando, pelo tamanho da barriga, cerca de oito meses de gravidez, e que apesar disto não deixou a tensão e as dores mudarem a sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Renato.
Depois que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco, a senhora se retirou. Quando a garçonete voltou queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha cinco notas de R$100,00. As lágrimas brotaram em seus olhos enquanto lia a mensagem:
“Isto é para você. Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém”.
Aquela noite, quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil. Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso, agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que tinha acordado deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
—Tudo ficará bem querido! Eu te amo, Renato!
Renato percebendo que ela estava com muito medo disse:
— Eu estou aqui para ajudar senhora, não se preocupe. Pode esperar dentro do carro mesmo onde está quentinho, a propósito, meu nome é Renato.
Todo o problema se resumia em um pneu furado, mas para uma senhora já com certa idade era ruim o bastante. Renato abaixou-se, colocou o macaco, levantou o carro e começou a trocar o pneu, ficando um tanto quanto sujo, ferindo uma das mãos. Enquanto apertava as porcas da roda ela, agora com mais confiança, abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era do Rio de Janeiro e que só estava de passagem por ali.
—Não sei como agradecer pela preciosa ajuda!
Renato apenas sorriu enquanto se levantava, ela perguntou quanto devia. Já tinha imaginado todas as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Renato não tivesse parado e ajudado. Renato não pensava em dinheiro, gostava de ajudar as pessoas, este era seu modo de viver. E respondeu:
—Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda de que ela precisar e lembre-se de mim.
A senhora seguiu seu caminho e há alguns quilômetros adiante, em um pequeno restaurante simples a garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso. A senhora percebeu que a garçonete estava grávida aparentando, pelo tamanho da barriga, cerca de oito meses de gravidez, e que apesar disto não deixou a tensão e as dores mudarem a sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Renato.
Depois que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco, a senhora se retirou. Quando a garçonete voltou queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha cinco notas de R$100,00. As lágrimas brotaram em seus olhos enquanto lia a mensagem:
“Isto é para você. Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém”.
Aquela noite, quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil. Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso, agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que tinha acordado deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
—Tudo ficará bem querido! Eu te amo, Renato!