sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

É fácil ser sincero?



Olá!
Feliz 2015.
Nesses quase 2 anos de blog escrevi muita coisa que flui naturalmente do meu coração, acredito que em algumas vezes exagerei, um "overreacting" de quem passa por diversas situações e histórias e quer externa-las de alguma forma.
Conheci muita gente, revivi antigas histórias pessoais, tragédias, alegrias, decepções, desesperos e esperanças. Fiz novas amizade, ou pelo menos julgo sê-las, desfiz antigos laços que me ligavam a determinadas pessoas, não por sentimentos negativos mas por perceber que o passado passou, cooperamos mutuamente, mas agora cada qual segue seu caminho, seu destino. Me afastei de outras pessoas por perceber que só fui uma ferramenta para suas aspirações (agradeço mesmo assim pois poderia ter sido usado como arma).
Para esse ano que se inicia, me comprometo em ser o mais sincero possível, o mais transparente que me for permitido, o mais fiel às minhas convicções, aos meus amigos e familiares. Me comprometo em escrever o mais claramente possível, o menos tendenciosamente possível, mas já aviso, esse blog é o retrato de tudo que penso, sinto e acredito e por isso posso mudar a minha opinião, sou um ser em evolução e poucas são as verdades imutáveis.
Gostaria de deixar aqui meus sinceros votos de grandes realizações.
Um grande abraço.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
"E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar. Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. [...] Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais."



Entre as recordações que cada um de nós guarda, algumas há que só contamos aos amigos. Há ainda outras que nem sequer aos amigos confessamos, que só a nós próprios dizemos e, mesmo assim, no máximo segredo. Finalmente, há coisas que o homem nem sequer se permite confessar a si mesmo. Ao longo da existência, toda a pessoa honesta acumulou não poucas destas recordações. Diria mesmo que a quantidade é tanto maior quanto mais honesto o homem. Eu, em todo o caso, não foi há muito que me decidi a recordar algumas das minhas antigas aventuras; até agora evitava fazê-lo, aliás com um certo desassossego. Porém agora, quando as evoco e desejo mesmo anotá-las, agora vou tirar a prova: será possível sermos francos e sinceros, pelo menos com nós próprios, e dizermo-nos toda a verdade? 
Observo, a propósito, que Heine afirma não poderem existir autobiografias exactas e que o homem mente sempre quando fala de si próprio. Em sua opinião, Rousseau enganou-nos à certa nas suas Confessions, e até deliberadamente, por vaidade. Tenho a certeza de que Heine tem razão: compreendo muitíssimo bem que nos possamos acusar de crimes abomináveis apenas por vaidade e também compreendo o que pode ser esse sentimento. Mas Heine tinha em vista as confissões públicas; ora, eu escrevo só para mim e declaro duma vez por todas que, se pareço dirigir-me ao leitor, é apenas um processo de que me sirvo para maior facilidade. 

Fiodor Dostoievski, in 'Cadernos do Subterrâneo'

Nenhum comentário:

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão Titus, o som do coração Tem momentos em que a gente para. Ou porque a vida manda parar, ou po...