segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sou pedra ou tecido? A escolha sou eu quem faço.

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Olá!

Às vezes as pessoa me perguntam porque uma pessoa se torna de difícil convivência e outra é tão afável, na verdade essa pergunta sempre surge quando alguém se sente perseguida por outra, quando se sente injustiçada ou até mesmo torturada por outra. É uma pergunta de difícil resposta, pois pra mim tudo depende do contexto, ou seja, aquela pessoa que para mim é algoz para outro é digna de louvores, acredito que isso ocorra por fatores que vão além do meio em que vivemos.
Existe um ditado que diz, “Aqui se faz aqui se paga!”, eu acredito nisso, mas aí vem a questão, e quando a pessoa perseguida ou se preferirem admoestada é pacífica, tranquila, honesta ou humilde, porque ela sofre assim?
Para os reencarnacionistas ou até mesmo os budistas dizem que são resgates de vidas passadas ou carma, já para os criacionistas isso é apenas uma prova que Deus coloca na vida daquela pessoa. Não digo de forma alguma que uma ou outra tradição está equivocada, mas eu aprendi, na minha vida, a sempre procurar o caminho do meio, ou seja, não pender para um lado nem para o outro, assim sendo, depois de muito observar, percebi algo interessante, durante a nossa vida aqui na terra passamos por diversas provações, que são resultados diretos de nossa escolha, consciente ou não, isso faz com que trilhemos por diversos caminhos os quais nos fazem conhecer todo o tipo de pessoas, boas ou más, e isso depende única e exclusivamente de como encaramos as situações que vivenciamos.
Essa é, ao meu ver, a primeira parte da equação, nossas escolhas nos trazem até aquele momento em particular, às vezes embalados por uma falsa sensação de felicidade realizada, acabamos por prejudicar, inadvertidamente o outro e isso causa uma situação que precisa ser esclarecida a qualquer custo, se deixarmos passar a oportunidade isso pode se transformar numa bola de neve enorme, e podem ter certeza, depois que cresce é quase impossível de para-la. Com isso precisamos passar pela provação até que esta tenha fim.
Mas e aquela pessoa que sempre desejou o bem de quem a cerca, que sempre foi honesta, porque ela também passa por provações?
Acredito existir uma segunda parte da equação chamada comumente de antepassados, vou tentar me explicar. Imagine que num determinado período de tempo, numa época a aproximadamente trezentos anos atrás, um antepassado meu tenha prejudicado o antepassado de alguém que hoje faz parte dos meus círculos de relacionamento, esse antepassado não tinha qualquer discernimento de verdadeiro bem ou mal, com isso, desejando sua própria felicidade, veio a prejudicar aquele outro e evitando ser punido não resolveu a situação. 
Lembra da "Bola de neve"? Pois é, ela veio rolando montanha abaixo em desabalada carreira, destroçando tudo e todos sem distinção, esse antepassado depois de transcorrido seu período de permissão à vida terrena, retornou para o mundo espiritual e a dívida permaneceu aqui, assim por eu ser um descendente direto daquela pessoa acabo por ser incumbido de pagar a dívida, e assim passo a ser perseguido pelo descendente do outro, por isso quando percebo essa situação, acreditando no que acabo de expor, tento resolvê-la, agradecendo a oportunidade de resgatar a dívida e limpar o sangue de minha família, tento evitar acumular mais dividendos nessa soma que já é alta, buscando não nutrir qualquer sentimento negativo em relação à outra pessoa, busco encontrar nela pontos positivos para me focar, isso me faz sentir melhor e logo a outra pessoa, ou se torna uma grande amiga ou sai dos meus círculos de afinidade tão logo esteja saudada.
Eu sei que é meio complexo o que acabo de dizer mas acredito que seja uma verdade universal “Aqui se faz, aqui se paga!”
Quando digo isso aos amigos eles logo formulam outra pergunta muito interessante. Porque, às vezes, aquela pessoa que nos persegue recebe mais da vida do que nós, que buscamos o bem para as nós e para quem está ao nosso lado? Sem me deter nas explicações dos diversos tipos de bem que existem no mundo, como também os diversos tipos de fé, pois isso está além da minha capacidade de compreensão, eu digo o seguinte:
“Na vida há dois tipos de pessoas, as pedras e as roupas!”
Meus amigos ficam me olhando sem entender, aí completo:
Sabe o jeans stone washed? Aquele jeans macio, bom de usar, que sempre está a mão? Poi bem, ele passa por um processo muito interessante para ficar tão gostoso de ser vestido, ele é colocado numa máquina cheia de pedras e aí ele fica ali rodando e batendo, rodando e batendo, as pedras vão desferindo golpes certeiros no tecido e assim depois de determinado período o tecido fica macio e pronto para ser utilizado, daí ele é retirado da máquina e vai se tornar aquilo a que foi destinado ser, uma peça do vestuário em que as pessoas sempre utilizam por sentirem-se bem ao vesti-la, já as pedras continuam em sua vida de bater e amaciar, e praticamente permanecem nisso até o fim de sua vida útil, quando são substituídas por outras, sempre há outras. Como as pedras cumprem bem a sua missão, amaciando o tecido, acabam por serem melhor valorizadas naquele momento, mas depois, quando o tecido está suficientemente macio, ele se torna imprescindível para quem o utiliza, essa, na minha visão, é a terceira parte da equação.
Resumindo, ao nos observarmos numa situação de admoestação, devemos ter uma atitude mental baseada na gratidão, pois seja como for, estamos nos tornando melhor do que éramos, se nos tornarmos mais e mais maleáveis, flexíveis e gratos, seremos melhor utilizados e as pessoas que se encontrarem ao nosso redor vão desejar sempre estar próximos a nós, pois como aquele tecido macio, a nossa presença traz conforto, prazer e alegria a elas. E aí, você é pedra ou tecido? A escolha é exclusivamente sua.
Um abraço.

Titus●•ツ
 "O Som do Coração"  (๏̯͡๏)
"Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros." Confúcio

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