
Olá!
Às vezes as pessoa me
perguntam porque uma pessoa se torna de difícil convivência e outra
é tão afável, na verdade essa pergunta sempre surge quando alguém
se sente perseguida por outra, quando se sente injustiçada ou até
mesmo torturada por outra. É uma pergunta de difícil resposta, pois
pra mim tudo depende do contexto, ou seja, aquela pessoa que para mim
é algoz para outro é digna de louvores, acredito que isso ocorra
por fatores que vão além do meio em que vivemos.
Existe um ditado que
diz, “Aqui se faz aqui se paga!”, eu acredito nisso, mas aí vem
a questão, e quando a pessoa perseguida ou se preferirem admoestada
é pacífica, tranquila, honesta ou humilde, porque ela sofre assim?
Para os reencarnacionistas ou até mesmo os budistas dizem que são
resgates de vidas passadas ou carma, já para os criacionistas isso é
apenas uma prova que Deus coloca na vida daquela pessoa. Não digo de
forma alguma que uma ou outra tradição está equivocada, mas eu
aprendi, na minha vida, a sempre procurar o caminho do meio, ou seja, não
pender para um lado nem para o outro, assim sendo, depois de muito
observar, percebi algo interessante, durante a nossa vida aqui na
terra passamos por diversas provações, que são resultados diretos
de nossa escolha, consciente ou não, isso faz com que trilhemos por
diversos caminhos os quais nos fazem conhecer todo o tipo de pessoas,
boas ou más, e isso depende única e exclusivamente de como
encaramos as situações que vivenciamos.
Essa é, ao meu ver, a
primeira parte da equação, nossas escolhas nos trazem até aquele
momento em particular, às vezes embalados por uma falsa sensação
de felicidade realizada, acabamos por prejudicar, inadvertidamente o
outro e isso causa uma situação que precisa ser esclarecida a
qualquer custo, se deixarmos passar a oportunidade isso pode se
transformar numa bola de neve enorme, e podem ter certeza, depois que
cresce é quase impossível de para-la. Com isso precisamos passar
pela provação até que esta tenha fim.
Mas e aquela pessoa que
sempre desejou o bem de quem a cerca, que sempre foi honesta, porque
ela também passa por provações?
Acredito existir uma
segunda parte da equação chamada comumente de antepassados, vou
tentar me explicar. Imagine que num determinado período de tempo,
numa época a aproximadamente trezentos anos atrás, um antepassado
meu tenha prejudicado o antepassado de alguém que hoje faz parte dos
meus círculos de relacionamento, esse antepassado não tinha
qualquer discernimento de verdadeiro bem ou mal, com isso, desejando
sua própria felicidade, veio a prejudicar aquele outro e evitando
ser punido não resolveu a situação.
Lembra da "Bola de neve"? Pois
é, ela veio rolando montanha abaixo em desabalada carreira,
destroçando tudo e todos sem distinção, esse antepassado depois de
transcorrido seu período de permissão à vida terrena, retornou
para o mundo espiritual e a dívida permaneceu aqui, assim por eu ser
um descendente direto daquela pessoa acabo por ser incumbido de
pagar a dívida, e assim passo a ser perseguido pelo descendente do
outro, por isso quando percebo essa situação, acreditando no que
acabo de expor, tento resolvê-la, agradecendo a
oportunidade de resgatar a dívida e limpar o sangue de minha
família, tento evitar acumular mais dividendos nessa soma que já é
alta, buscando não nutrir qualquer sentimento negativo em relação
à outra pessoa, busco encontrar nela pontos positivos para me focar,
isso me faz sentir melhor e logo a outra pessoa, ou se torna uma
grande amiga ou sai dos meus círculos de afinidade tão logo esteja saudada.
Eu sei que é meio
complexo o que acabo de dizer mas acredito que seja uma verdade
universal “Aqui se faz, aqui se paga!”
Quando digo isso aos
amigos eles logo formulam outra pergunta muito interessante. Porque,
às vezes, aquela pessoa que nos persegue recebe mais da vida do que
nós, que buscamos o bem para as nós e para quem está ao nosso lado? Sem me deter nas
explicações dos diversos tipos de bem que existem no mundo, como
também os diversos tipos de fé, pois isso está além da minha
capacidade de compreensão, eu digo o seguinte:
“Na vida há dois
tipos de pessoas, as pedras e as roupas!”
Meus amigos ficam me
olhando sem entender, aí completo:
Sabe o jeans stone
washed? Aquele jeans macio, bom de usar, que sempre está a mão?
Poi bem, ele passa por um processo muito interessante para ficar tão
gostoso de ser vestido, ele é colocado numa máquina cheia de
pedras e aí ele fica ali rodando e batendo, rodando e batendo, as
pedras vão desferindo golpes certeiros no tecido e assim depois de
determinado período o tecido fica macio e pronto para ser
utilizado, daí ele é retirado da máquina e vai se tornar aquilo a
que foi destinado ser, uma peça do vestuário em que as pessoas
sempre utilizam por sentirem-se bem ao vesti-la, já as pedras
continuam em sua vida de bater e amaciar, e praticamente permanecem
nisso até o fim de sua vida útil, quando são substituídas por
outras, sempre há outras. Como as pedras cumprem bem a sua
missão, amaciando o tecido, acabam por serem melhor valorizadas
naquele momento, mas depois, quando o tecido está suficientemente
macio, ele se torna imprescindível para quem o utiliza, essa, na
minha visão, é a terceira parte da equação.
Resumindo, ao nos
observarmos numa situação de admoestação, devemos ter uma atitude
mental baseada na gratidão, pois seja como for, estamos nos tornando
melhor do que éramos, se nos tornarmos mais e mais maleáveis,
flexíveis e gratos, seremos melhor utilizados e as pessoas que se
encontrarem ao nosso redor vão desejar sempre estar próximos a nós,
pois como aquele tecido macio, a nossa presença traz conforto,
prazer e alegria a elas. E aí, você é pedra ou tecido? A escolha é
exclusivamente sua.
Um abraço.
Titus●•ツ
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros." Confúcio
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