"Se amanhã você perdesse todas as suas memórias… se esquecesse do seu nome, da sua história, das suas conquistas e até dos seus medos… quem você seria?"
(Pausa dramática)
"Você já parou para pensar que talvez você não seja exatamente quem pensa que é?"
"Hoje, nós vamos questionar tudo. Porque a resposta para 'quem é você' pode ser muito diferente do que você imagina."
No último vídeo, falamos sobre como muitas vezes vivemos com máscaras, tentando nos encaixar nas expectativas dos outros. Mas hoje, quero ir além.
Porque, mesmo quando começamos a nos libertar das máscaras, ainda existe um desafio maior: a diferença entre o que acreditamos ser e o que realmente demonstramos ao mundo.
Pensa comigo:
Se alguém perguntasse quem você é, você talvez dissesse que é uma pessoa honesta, generosa, sonhadora, disciplinada.
Mas o que as suas ações dizem sobre você?
Porque no final, não somos definidos pelo que pensamos ou sentimos… Somos definidos pelo que fazemos.
E muitas vezes, existe um abismo entre a identidade que carregamos dentro de nós e a forma como essa identidade se manifesta na prática.
Por exemplo, você pode se ver como uma pessoa tranquila e calma. Mas, quando algo dá errado, você se vê reagindo com raiva, frustração ou descontrole. Você pode se considerar uma pessoa generosa, mas, em algumas situações, pode ser egoísta, ou até fazer algo apenas para que os outros vejam e aplaudam.
A pergunta que surge aqui é: será que estamos vivendo uma identidade autêntica? Ou estamos apenas sendo quem achamos que devemos ser?
Vamos fazer um exercício simples:
Imagine que um desconhecido passasse uma semana observando sua vida. Sem ouvir seus pensamentos. Sem conhecer sua história. Apenas assistindo às suas ações, dia após dia.
Que tipo de pessoa ele descreveria?
Será que ele enxergaria em você as qualidades que você acredita ter? Ou será que veria contradições entre o que você diz ser e o que realmente pratica?
Porque a verdade é essa: nós não somos aquilo que dizemos que somos. Somos aquilo que repetidamente fazemos.
Se alguém se considera paciente, mas explode por qualquer coisa… essa paciência existe?
Se alguém diz valorizar a família, mas nunca dedica tempo para estar presente… essa prioridade é real?
Se alguém sonha em mudar de vida, mas passa os dias procrastinando… esse sonho tem força ou é só uma ideia vaga?
Esse é o desafio da coerência: alinhar a nossa essência com as nossas ações.
Mas, para isso, precisamos enfrentar algo que é muitas vezes difícil de lidar: a incoerência.
A incoerência surge quando o que acreditamos ser e o que mostramos ao mundo não se encontram. E essa discrepância cria um conflito interno, que gera frustração, ansiedade e até um sentimento de vazio.
Agora, vamos ser sinceros. Por que é tão difícil ser coerente com quem realmente somos? A resposta mais simples é: medo.
Medo de ser julgado.
Medo de não sermos aceitos.
Medo de sermos diferentes.
Medo de que as nossas verdades sejam desconfortáveis para os outros.
Esse medo nos faz adiar, nos faz recuar, nos faz colocar mais uma camada de disfarce sobre quem realmente somos.
Mas na realidade, esse medo não é só externo. O medo de nos mostrarmos como somos é muitas vezes mais forte quando ele vem de dentro de nós. Ele vem do medo de decepcionar a nós mesmos, de enfrentar nossos próprios defeitos, de não sermos o que idealizamos.
Mas a maior mentira que podemos acreditar é que viver dentro dessas máscaras vai nos proteger de algo.
A verdade é que, quanto mais nos escondemos, mais nos perdemos.
Cada vez que tentamos ser alguém que não somos, nos distanciamos mais da nossa essência. E esse afastamento da nossa verdadeira identidade é o que cria o vazio. Esse vazio é um reflexo do abandono da nossa autenticidade.
O primeiro passo para sair dessa prisão interna é reconhecer que ninguém está completamente livre de incoerências. Todos nós temos pontos de desconexão entre o que pensamos ser e o que realmente fazemos. E está tudo bem. O importante é a disposição de mudar, de buscar um alinhamento mais profundo entre a nossa essência e as nossas ações.
Como podemos começar esse processo? Eu diria que o ponto de partida está na autocompaixão.
Isso mesmo. Em vez de se cobrar tanto e sentir-se culpado pela incoerência, que tal começar a olhar para si mesmo com mais gentileza? Ao invés de se julgar por não ser perfeito, procure entender os motivos que estão por trás das suas ações. A vida é cheia de dilemas e desafios, e você não precisa ser perfeito para viver de forma autêntica.
A segunda parte dessa transformação vem da coragem. Coragem de olhar para dentro e reconhecer o que você realmente deseja. Coragem de desapegar da aprovação externa e de, aos poucos, alinhar suas escolhas com a pessoa que você quer ser.
E sabe de uma coisa? Às vezes, a transformação começa com as menores ações do dia a dia.
A mudança não é algo que você vai fazer uma única vez. Ela é uma prática diária. Ela começa com um simples ato de tomar uma decisão consciente. Pode ser algo tão pequeno quanto ser mais paciente em uma situação que normalmente te irritaria. Ou tão simples quanto reservar alguns minutos do seu dia para refletir sobre quem você realmente é.
Cada pequeno passo é um avanço. Cada vez que você escolhe ser mais fiel à sua essência, você está se aproximando mais de quem você é realmente.
Muitas vezes, a mudança não acontece de forma grandiosa. Ela acontece nos pequenos gestos. Na forma como você reage a uma situação. Na forma como você se comunica com as pessoas. Na forma como você se permite ser vulnerável.
Por exemplo, se você deseja ser mais presente na vida de quem você ama, comece agora. Não espere por um grande momento para mostrar seu carinho. Diga "eu te amo" mais vezes, dê mais atenção, ouça de verdade.
Se você quer ser mais organizado, comece com pequenas ações diárias. Organize um ambiente por vez. Defina metas e cumpra com elas, sem se cobrar em excesso.
As mudanças, por menores que pareçam, são um reflexo de um compromisso maior com a pessoa que você quer se tornar.
Cada ação sua está criando a sua história. E, com o tempo, a sua identidade vai se transformar em algo genuíno, alinhado com seus valores e com sua verdadeira essência.
A vida é uma jornada de autoconhecimento e autotransformação. Não é algo que você faz uma vez e pronto. É uma prática diária. Um constante "voltar para o centro", para sua essência.
Agora, eu quero te desafiar: não espere mais para ser quem você realmente é. Não espere que o mundo se ajuste à sua autenticidade.
Comece agora.
Comece com pequenos gestos. Comece com pequenas mudanças. Mas, mais importante, comece com a coragem de ser você mesmo.
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Nos vemos no próximo vídeo, onde continuaremos explorando os caminhos para nos tornarmos cada vez mais autênticos e verdadeiros.
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