
Venho sempre dizendo que há uma diferença fundamental entre "justo" e "certo", pois acredito que nem sempre o que é justo é certo, mas o certo é certo.
Como certo e errado vem da subjetividade humana de encarar seus próprios pensamentos e sentimentos, e que soma-se a isso o caráter e psiquê das pessoas envolvidas, então encontramos a inversão de valores tão gritante em nossa sociedade.
Outro dia, assistindo um documentário, uma mãe, que hoje é presidente de uma ONG, ao ser entrevistada sobre o enclausuramento de adolescentes, ela disse que "Quando foi criada a unidade de ressocialização para adolescentes,eu me vi aliviada, pois meu filho teria um lugar para aprender a viver em sociedade, mas com o passar do tempo verifiquei que meu filho estava cada vez mais perdido pois o sistema é ineficiente. Depois de ser acautelado por três vezes acabou morrendo na mão da polícia, já não tinha mais jeito. Como sei que o estado é ineficaz, criei essa ONG para fazer com que o serviço seja prestado com eficiência." E sorriu.
Bem! Fiquei imaginando.
Ok, o estado é ineficiente, mas e a mãe?
Não é o nosso papel como pais educar nossos filhos? Prepará-los para o futuro? Corrigi-los, acompanha-los, etc?
Antes dessa mãe se orgulhar de criar uma ONG ela não deveria se envergonhar por transferir a sua responsabilidade materna para o estado? Antes dela sorrir e dizer que está acompanhando o serviço do estado ela não deveria ter acompanhado seu próprio filho?
Ok, o estado é ineficiente, mas e a mãe?
Não é o nosso papel como pais educar nossos filhos? Prepará-los para o futuro? Corrigi-los, acompanha-los, etc?
Antes dessa mãe se orgulhar de criar uma ONG ela não deveria se envergonhar por transferir a sua responsabilidade materna para o estado? Antes dela sorrir e dizer que está acompanhando o serviço do estado ela não deveria ter acompanhado seu próprio filho?
Não estou aqui julgando este ou aquele valor pessoal, mas os direitos humanos do adolescente não foram violados quando essa mãe transferiu sua responsabilidade para o estado? E agora, ela critica esse mesmo estado que acolheu o seu filho, e também não cumpriu o seu papel. Pois bem, ambos estão equivocados, essa mãe por transferir responsabilidades inerentes à sua condição de mãe , e o estado em querer fazer um papel ao qual não tem nem condições de realizar. Os valores estão invertidos, e enquanto assim o for veremos discussões acaloradas sobre coisa alguma, disfarçada de "bem maior" para a sociedade.
Um grande abraço, e por favor leiam o texto a seguir, ele exemplifica bem o que acabo de expor.
Titus●•ツ
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
"E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar. Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. [...] Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais."
PRIMEIRO DIA DE
AULA NA USP SÃO FRANCISCO
Primeiro dia de aula, o professor de 'Introdução ao Direito'
entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a
um aluno que estava sentado na primeira fila:- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nelson ficou desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor.
Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor .
- Para diferenciar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém respondam a esta pergunta:
"Agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vou buscar o Nelson - disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprenda: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
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