quinta-feira, 7 de maio de 2020

Distinção ou Extinção?

Oi!
Hoje o meu tema escolhido é o preconceito. Não vou me ater aos diversos tipos, mesmo porque há diversas postagens, textos e livros que tratam do assunto, e como você sabe, não sou um especialista no assunto e muito menos influenciador nas redes sociais.
Eu quero retratar minhas observações sobre o preconceito. Todos sabem, ou pelo menos a maioria das pessoas sabem, que a palavra em si traduz um sentimento, uma percepção antecipada de algo, pré conceito, ou seja, conceito antecipado de algo ou alguém.
Muito se tem falado, nos últimos dias, de preconceito racial, social entre outros, e mesmo nos debruçando detidamente sobre o assunto em questão, nos colocamos em situações inusitadas, onde nossa opinião fica meio que embotada por nossa percepção, às vezes não gostamos de determinada pessoa ou grupo de pessoas, às vezes não gostamos de uma nação, de uma localidade, ou até mesmo da opinião de outras pessoas, sejam elas comuns ou famosas.
Nos antipatizamos, com suas falas, posturas, ações. Mesmo que decidam acertadamente sobre algo ou algum assunto, nos colocamos  em eterna pre suposição que não são confiáveis. Creio, no meu íntimo, que todas as manifestações nesse sentido são, em seu tempo, maneiras de nos preservarmos, pois ninguém, e eu repito, ninguém está livre de se auto preservar, pois esse medo, justificado ou não, está em nosso espírito, em nosso DNA.
Desde que o homem teve de tomar ações de alto preservação em relação aos predadores nos idos que morávamos em cavernas, sem o mínimo de condições para nossa proteção. Criamos armas, roupas, aprendemos a utilizar o fogo pra cozinhar os alimentos, espantar os predadores, iluminar a noite, que nos causava medo, aquecer os ambientes, etc.
Acredito que toda experiência humana, desde o início de sua existência na face da Terra, nos deu essa condição de criarmos conceitos de auto preservação, baseados nos conceitos antecipados. Quando o homem partiu para conquistar novos espaços no mundo, levou consigo essas experiências, os medos, os erros e acertos de sua existência e ao encontrar novos grupos humanos se viu num impasse, "são amigos ou inimigos", e isso também de ter sido o pensamento dos outros grupos também. Dentro das explanações de nossos arqueólogos e historiadores, percebemos que na maioria das vezes esses encontros causaram conflitos, mortes, e até dizimação de um grupo inteiro, mas algumas vezes os encontros, após vencidas as barreiras da estranheza, foram harmônicos e fizeram com que a prosperidade se instalasse por longos períodos.
Mas então porque o ser humano se tornou belicoso, apesar da prosperidade ser resultado da harmonia?
Acredito que a resposta deva estar no sentimento do ser humano, nenhum de nós gosta da dor, gosta de sentir dor, seja emocional, física ou espiritual, e assim, para evitarmos sentir dor, ou pelo menos seu desconforto, agredimos antecipadamente para não sermos agredidos, como se com isso criássemos um espaço em nosso entorno com uma placa escrita em letras garrafais "NÃO CHEGUE PERTO, ESSE É O MEU ESPAÇO, SE VOCÊ INVADIR OS RESULTADOS SERÃO POR SUA CONTA E RISCO".
Assim percebo que o preconceito nasce na nossa equivocada vontade de manter nossos espaços delimitados, dentro de uma zona de conforto e tudo que nos contrarie esse sentimento de liberdade equivocada, merece ser espantado para longe, o preconceito em sua síntese, salvo melhor juizo, é o resultado de nosso medo de lidar com as diferenças em nosso ambiente físico, mental ou espiritual.
Não digo que nossos medos são injustificados, na verdade é até o contrário, durante milênios, a humanidade vem sofrendo humilhações, perseguições, maus tratos, de pessoas que se arrogaram do poder, pessoas que, como líderes que deveriam ser, se aproveitaram da sua situações para subjugar a sociedade em detrimento de suas satisfações pessoais. Essas atitudes equivocadas nos trouxeram a esse momento da atual sociedade, que se diz civilizada, tecnologicamente avançada mas que não consegue lidar com o simples fato de que quem ou o que é diferente de nós merece nosso respeito também, com isso passamos a atacar para nos defender, tiramos conclusões, sem base de pesquisa, sobre "aquele" ou "aquilo" que, só pelo fato de existir, nos cria desconforto.
A humanidade necessita evoluir, precisa urgentemente de uma vacina, não somente contra um vírus, mas contra o preconceito, a dissimulação de sentimentos e atitudes, e essa vacina tem sem seus ingredientes fundamentais a tolerância, o respeito, a verdade, a beleza, o altruísmo e a sinceridade.
Para não me alongar, em outro momento vou apresentar minha observação sobre a sinceridade.
Precisamos erradicar urgentemente o preconceito de nossas vidas, e creio que isso só ocorrerá quando cada indivíduo fizer uma reflexão verdadeira sobre suas crenças, atitudes e sentimentos, cada um fazendo sua parte em pouco tempo a vacina será bem sucedida, e o grande mal que assola nossa sociedade se tornará apenas aquilo que é externo, que não depende de nossas vontades, talvez a doença, um vírus, pois a pobreza e os conflitos deixarão de existir.
Apenas uma observação sobre a doença, na maioria das vezes ela se manifesta por causa de nossos pensamentos e sentimentos, se melhorarmos a qualidade destes, talvez seremos acometidos de muito poucas doenças que hoje se manifestam. 
Eu acredito, verdadeiramente, que a maioria de nossos padecimentos na terra, tem origens dentro de nós mesmos.
E você? No que acredita hoje?
Um grande abraço e muito obrigado por me conceder sua atenção, que sua vida seja livre de pré conceitos.
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
"O ser humano possui a vontade imprescindível de se guiar pelas aparências. Consequentemente, as pessoas criam impressões erradas sobre o próximo: acham que conhece mas na verdade não conhecem. E é por tentativa e erro que superamos essa nossa natureza."

2 comentários:

Luiz Viana David disse...

Ótimo texto sobre um tema instigante. O pré - conceito tem uma uma irmã também perigosa: a pré - ocupação. Que é o preocupar-se antecipadamente com alguma coisa que pode nem vir a acontecer.

Cido Luis disse...

Muito obrigado Luiz David. Ainda abordarei esse tema e alguns outros mais. Um abração meu amigo.

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