quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Nos tempos das razões atravessadas.

Olá!
Depois de um feriado prolongado de carnaval máfia melhor que começamos a semana com um texto como esse.
Um grande abraço.
Cido.

NOS TEMPOS DAS RAZÕES ATRAVESSADAS!

Written by Jordan Augusto. Posted in Artigos e Crônicas

“É verdade que se mente com a boca; mas a careta que se faz ao mesmo tempo diz, apesar de tudo, a verdade.” (Friedrich Nietzsche)

Dizem que os tempos de agora são mais perigosos que os de antigamente. Será? Ainda esta semana estava conversando com um amigo, importante escritor, que o homem, o ser humano de uma maneira geral, funciona ainda impulsionado irresistivelmente pelos seus instintos; e cada um possui uma ordem que atende as suas necessidades maiores. Sim, somos diferentes!

Cada um em sua razão crê e milita dentro de uma perspectiva que busca o vértice do triângulo imaginado. “Triângulo?..” – pergunta-me tal pessoa. Sim, a observação, a impressão, e a absorção. É curioso, mas tal método tende a prevalecer em todas as raças, religiões... A grande revelação não surge para a modificação tão necessária. Ela é parte apenas da necessidade íntima dos planos maiores dos meios, ou sistemas, em que estamos inseridos. E aí? “Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.” – dizia Confúcio.

Em plena sacudida mundial, com tantos acontecimentos que estremecem o espírito de quem presencia em primeira pessoa as atrocidades do terrorismo, o mundo virtual presencia a real circunstância contraditória, onde o todo se divide, ou se aglutina, vertiginosamente em vidas que se diferem entre festas e horrores. Desde que o mundo é mundo que as diferenças existem em proporcional ironia. Nunca se viu tantas atrocidades, nunca esteve tão evidente que quem tem o poder manda; manda, compra, corrompe... O tempo já não revela ao homem que suas verdades podem ser duras consequências para sua realidade pessoal. Contrariamente a isso, pensa-se que tudo é permitido, que tudo é parte daquilo que lhe é oferecido pela sorte. Uh!.. Tão traiçoeira como o azar, esta, se assim podemos dizer, muitas vezes é levada a aproveitar-se dessa posição, não para cumprir uma tarefa diretiva, mas para dominar e levar vantagem sobre os seus dependentes. Já pensou nisso?

Eu já não penso mais que a razão que levamos dentro é aquela que nos direciona para o norte; procuro entender os momentos, os instantes... Já não tento buscar escapatórias para evadir-me daquilo que tenho que vivenciar; entendi que existe um erro maior: queimar etapas! Contudo, viver as intempéries e não aprender com elas consiste em um equívoco ainda maior: cedo ou tarde tudo se desmorona. É simples, cada ciclo tem seu tempo; e ele é controlado pela nossa forma de movimentação.

Albert Einstein dizia que “Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos.” Por mais que se diga que o que vivenciamos nada mais são que reajustes, ajustes, e etc., é da sabedoria a obrigação de compreender o começo e o final de cada jornada. As idéias velhas, feitas de propósitos criados para nos embalar no sono da ilusão imaginada, se não forem revistas com coerência e profundidade, se converterão em indiferença; uma vez que não compreender os princípios diretores de nossa história pessoal altera os padrões de cada pensamento. Cada um é senhor de seu destino!

O real e imediato princípio da vida é a respiração de nossas aspirações; ou seja, no decorrer do tempo as virtudes esgotam o seu impulso vital; sem a reflexão, a mente é descortinada pela consciência; e o que antes era ilusão, abstrato, agora se torna realidade. É por isso que não a vida não respeita que a ela não escuta. Aquele que não entende a si mesmo não compreende que a estrada da ascensão interior está permeada de um tipo de progresso que se não for renovado, cuidado, será abandonado ao lado do caminho da evolução.

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato.

Mas aí ele ficou com medo do cão, por isso o mágico o transformou em cão.

Então, ele começou a temer a pantera e o mágico o transformou em pantera.

Foi quando ele se encheu de medo do caçador. A essas alturas, o mágico desistiu.

Transformou-o em camundongo novamente e disse:

“Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem a coragem de um camundongo”.

É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, e sim a capacidade de avançar apesar do medo. (Autor Desconhecido)

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