terça-feira, 12 de agosto de 2014

Philia

Olá!
Venho analisando muitos aspectos do nosso dia a dia, e a cada vez me convenço mais que o ser humano está desacostumado com demonstrações verdadeiras de carinho, amor e respeito.
Vejamos, quando alguém demonstra o verdadeiro carinho para com outro, seja um amigo, um colega de trabalho, normalmente isso é interpretado de duas formas, ou a pessoa é inocente (no sentido pejorativo da palavra) ou é interesseira.
Quando alguém demonstra verdadeiro amor por outro, da mesma forma que o anterior, essa pessoa normalmente é taxada como hipócrita, sem noção, etc. E quando esta demonstração é entre pessoas do mesmo sexo fica ainda pior, pois muitos são estigmatizados por este ato. 
Esse amor que aqui exponho é o amor philia, ou seja, os filósofos gregos nos tempos de Platão e outros autores antigos usaram o termo Ágape para denotar o amor a membros da família, de um grupo com afinidades, ou uma afeição para uma atividade particular em grupo, em contraste com philia, uma afeição que poderia ser encontrada entre amigos que praticavam tarefas assim, em conjunto e de forma assexuada, diferente do amor romântico eros, uma afeição de natureza sexual e romântica.
Quando alguém demonstra respeito, comumente é confundida por covarde, medrosa, puxa-saco (desculpem a palavra chula).
Enfim, torna-se imperioso que o ser humano comece a aceitar essas demonstrações elevadas de afeição, pois as portas estão se fechando, a sociedade cada vez mais individualista, o sentimentos descartáveis, as amizades deterioradas, as interações cada vez mais engessadas.
 O texto a seguir retrata bem isso, espero que gostem.
Um grande abraço
Titus●•ツ
 "O Som do Coração" 
 (๏̯͡๏)
"A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível".

Um sábio estava sentado ao alto de uma montanha, em calma contemplação, quando foi importunado por um mendigo da aldeia.
- Onde está a pedra? - perguntou o mendigo. Preciso da pedra preciosa!
O sábio levantou os olhos na sua direção e disse, sorrindo:
- Que pedra procura?
- Tive um sonho - continuou o mendigo, mal se acalmando para falar - e nesse sonho, uma voz disse-me que se eu viesse à montanha, encontraria um homem que me daria uma pedra preciosa que me salvaria da pobreza para sempre!
O sábio olhou pensativo, depois alcançou sua bolsa e retirou dela um grande diamante!
- Será esta a pedra? - perguntou gentilmente - encontrei-a pelo caminho. Se quiser, pode ficar com ela. Eu não tenho utilidade para ela. Mas ela não o salvará da pobreza.
O mendigo nem podia acreditar na sua sorte. Arrancou a pedra das mãos do sábio e correu de volta para a aldeia, antes que ele mudasse de ideia.
Um ano mais tarde, o mendigo, já vestido com roupas de homem rico, regressou à montanha à procura do sábio, e o encontrou novamente meditando e contemplando o horizonte.
- Está de volta, meu amigo! – disse o sábio. O que aconteceu?
O mendigo respondeu:
- Aconteceram-me muitas coisas maravilhosas por causa da pedra que tão graciosamente me ofereceu. Tornei-me rico, acumulei dinheiro, casei com uma linda mulher e tenho uma enorme e bela casa. Posso dar emprego aos outros e fazer o que eu quiser, quando eu quiser. Posso comprar tudo o que você imaginar.
- Então, por que regressou? – perguntou o sábio.
- É que me sinto rico por fora, mas continuo pobre por dentro. Por favor, peço que me ensine tudo o que há DENTRO de você que lhe permitiu oferecer-me aquele diamante de maneira tão generosa.
A felicidade não está nos bens materiais. A pior pobreza é a de espírito.

Nenhum comentário:

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão

O Presente é a Margem Onde os Pés Tocam o Chão Titus, o som do coração Tem momentos em que a gente para. Ou porque a vida manda parar, ou po...