Olá!
Como sempre recebo textos mito interessantes, hoje não seria diferente, uma grande amiga me enviou um email que me fez refletir sobre minhas atitudes diárias. Foi revigorante e espero que possa ajudar aos leitores deste blog.
A proposta é simples mas o resultado e tão profundo que aconselho a você que está lendo este post a observar se realmente está preparado para executa-la.
Acredito que ao se dispor a executar este exercício quebrará o paradigma de tudo o que acredita até hoje, terá uma nova percepção sobre si mesmo e sobre sua missão nesta vida, perceberá que a visão se amplia no horizonte a partir do olhar pra dentro de si mesmo.
Para algumas pessoa isso poderá ser muito triste, para outras será bastante doloroso e para outras ainda poderá ser a destruição dos próprios alicerces, mas tenho a certeza que para todos será a redenção, a salvação de si mesmo, pois a palavra salvação também se traduz como evolução.
Só poderemos evoluir se nos olharmos, firmemente, sem medos, sem pena, com um olhar crítico, avaliando cada atitude, e o que for bom deverá se tornar melhor e o ruim deverá ser o nosso objetivo maior, transforma-lo em bom.
Um grande abraço a todos e boa leitura.
Titus●•ツ
"O Som do Coração" (๏̯͡๏)
“A Alma não tem segredo que o comportamento não revela"
Solilóquio, uma conversa no espelho
A marca distintiva da sociedade contemporânea é a superficialidade. Somos rasos em nossas avaliações. Falta-nos reflexão. Falta-nos introspeção. Estamos atarefados demais e cansados demais para examinarmo-nos a nós mesmos. Corremos atrás de coisas e perdemos relacionamentos. Sacrificamos no altar das coisas urgentes, as coisas que de fato são importantes. Como muito bem afirmou George Carlin, num artigo sobre o paradoxo do nosso tempo: “Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldade de cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço sideral, mas não o nosso próprio espaço. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do fast-food e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados”.
Solilóquio é conversar consigo mesmo. É olhar nos olhos daquele que vemos no espelho e enfrentá-lo sem subterfúgios. É entrar pelos corredores da alma e não escapar pelas vielas laterais. É lidar com o nosso mais difícil interlocutor. É falar com o nosso mais exigente ouvinte. A introspecção, porém, é uma viagem difícil de fazer. Olhar para dentro é mais difícil do que olhar para fora. É mais fácil falar para uma multidão do que conversar com a nossa própria alma. É mais fácil exortar os outros do que corrigir a nós mesmo. É mais fácil consolar os aflitos, do que encorajar-nos a nós mesmos. É mais fácil subir ao palco e pregar para um vasto auditório do que conversar com aquele que vemos diante do espelho.
(...)
Não basta reflexão, é preciso introspecção. Não basta falarmos aos outros, precisamos falar a nós mesmos. Não basta lançarmos mão do diálogo, precisamos de solilóquio. O salmista, disse certa feita: “Volta minha alma ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo” (Sl 116.7). Muitas vezes, ficamos desassossegados, quando deveríamos estar em paz. Curtimos uma grande dor na alma, quando deveríamos estar experimentando um bendito refrigério. E por que? Porque deixamos de pregar para nós mesmos. Deixamos de exortar nossa própria alma. Deixamos de fazer viagens rumo ao nosso interior. Deixamos de conversar diante do espelho. Deixamos o solilóquio.(...)
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